Boas! Chega ao fim a minha primeira semana em exercício no cargo de professor. Impressões? Muitas e tenho certeza de que me esquecerei de alguma coisa ao tratar de tudo o que vi, ouvi e aprendi.
Pra começar, algumas das coisas que vim preparando desde o começo do ano serão sumariamente arquivadas, já que a minha incumbência nas duas escolas será restrita às turmas de Ciclo I: 1ª a 4ª séries. Para ser mais exato, 1ª, 2ª e 4ª séries. Sete turminhas. Assim, um planejamento para turmas dessa idade tem que ser diferente em muitas coisas de um planejamento específico para alunos do Ciclo II, que já estão habituados ás aulas de Educação Física e podem ter conteúdos mais diferenciados em virtude do nível geral de desenvolvimento físico e intelectual conquistado (logicamente, sem generalizar, afinal considerar as características de cada grupo é fundamental).
O Ciclo I, ao meu ver, carece de vivenciar atividades que os façam entender qualidades e condutas relacionadas à Educação Física, experimentando o diálogo que o movimento permitido pelos seus corpos desenvolve com o tempo, espaço e o colega. Noções de lateralidade, locomoção, manipulação, equilíbrio, velocidade, agilidade, coordenação, ritmo e expressão. Ufa! Parece complicado? Alguns podem oferecer centenas de exemplos de exercícios repetitivos que desenvolvam cada uma dessas supostas capacidades motoras, oferecendo ao aluno um bom aprimoramento motor, ao final da sessão de prática.
Sessão de prática? É. Eu não consigo chamar algo que se torna repetitivo e padronizado como aula de Educação Física. É preciso ir muito além do desenvolvimento motor para educar. E a ferramenta mais apropriada ao tempo de ser criança é nada mais, nada menos, que o JOGO. Situações imprevistas, a relação com outros jogadores, com o objetivo, os meios para cumprir a meta proposta, tudo oferece uma alternativa mais condizente com o que sabemos sobre infância. Além disso, o jogo oferece a possibilidade de trabalhar conteúdos de outras disciplinas atrelados à atividade, não é simplesmente o jogar, já que envolve diversos elementos em complexidade que alguns buscam compreender, sem nunca esgotarem-se as dúvidas e hipóteses.
Finalizando, nesse momento, é curioso observar o momento de planejamento, no qual a direção e coordenação reúne todo o professorado (ou aquele que comparece... serei ético para não criticar sem ter conhecimento pleno da situação de cada um), no meu caso, PEBs I e II. Aí tem o momento de explicar as normas da casa para o bom andamento, questões técnicas, documentos e afins. Na seqüência, o imbróglio: montar os horários. Dificuldade extra numa escola de 4 períodos com dois intervalos (até 3!) no mesmo período... Loucura total, mas deu pra se acertar com os horários de aulas e ACDs. Ahh, sim, teve a outra escola, sem maiores problemas, encontrei um ambiente muito bom de se trabalhar e materiais em quantidade..
Depois, colocarei aqui como ficou minha atribulada semana na íntegra. Até a primeira semana de aulas!
Como já disse anteriormente, estarei sempre aqui fazendo comentários praticamente periódicos.
ResponderExcluirPor incrivel que pareça talvez eu tenha mais experiência nesse tipo de trabalho que está começando a realizar, afinal já tive contato com a educação infantil...
Caso queira trocar pensamentos e até mesmo sentar para pensar junto um planejamento de atividades e metas, é só me avisar.
No mais, boa sorte e acima de tudo bom trabalho
Abraço
Gui, parabéns pelo blog e pelos textos, são muito interessantes. Acho a iniciativa do blog legal, pois as pessoas podem partilhar das suas reflexões (e conheço muitas que estão passando pela mesma situação que você). É bom saber que existem professores preocupados e responsáveis...
ResponderExcluirUm grande beijo, Lu