Saudações! Por acaso, após fazer a diária verificação de acessos ao blog, busquei o título desta série no Google e acabei encontrando um trabalho publicado chamado: "Sacando" o voleibol : do amadorismo a espetacularização da modalidade no Brasil (1970-2000), tese de doutorado publicada pelo Prof. Dr. Wanderley Marchi Junior em 2001, na UNICAMP. Posteriormente, o texto foi publicado em livro, de mesmo nome. Faço aqui o devido registro com relação ao uso do título, pois desconhecia o trabalho do colega, mas vou seguir com as postagens nesse assunto para facilitar a organização, além de construir um padrão de nomenclatura para estas séries (veja Pedagogia do Basquetebol - Encestando Novas Possibilidades).
Chega de enrolação!
Com o foco no saque, conseguimos adentrar o complexo mundo dos fundamentos do voleibol. Aos alunos, parecia um bixo de sete cabeças, mas espero que neste momento tudo já esteja mais próximo. Esta aula vai de encontro à necessidade de um jogo contínuo, que exige o uso do corpo para rebater a bola e mantê-la no ar = em jogo.
Aula IV - Toque, Manchete, Defesa e afins
Certamente, vários alunos terão experiências de jogadores e expectadores. O modelo de movimento percebido inclui a manchete e o toque, fundamentalmente. Se esse conhecimento não os auxilia ao selecionar o uso do corpo durante o jogar, as atividades vem suprir esse objetivo. O começo é bem paradão, eu ainda procuro maneiras de deixar menos analítico, e escrever essas dinâmicas tem me ajudado a rever alguns pontos.
- Duas colunas frente a frente, um aluno com a bola faz um lançamento em direção ao colega, de modo a fazer a bola chegar à altura do tronco, entrando no fim da fila para onde lançou a bola. O segundo executa uma manchete para devolver a bola à outra fila e se dirige ao final da fila para onde enviou a bola. Repete-se o mesmo para o toque!
- Manter as posições, chamando os lançamentos à direita e à esquerda da fila, exigindo um movimento mais lateral, que pode (deve!) incluir deslocamentos para se posicionar em relação à bola. Repete-se o mesmo para o toque!
É comum que alguns reclamem de dores nos braços pelo contato com a bola. Escolha bolas mais macias, se houver. Na faculdade, me recordo do professor na disciplina de Pedagogia do Voleibol propor o uso de bexigas dentro de capas de tecido redondas, no formato da bola, menos traumático, fica a dica ;)
Lembra do Ping-Pongão? (Veja Sacando o Voleibol III) Ele pode ser usado aqui também!! Basta pedir que os alunos usem os dois braços em suas rebatidas. Permitindo um quique da bola no chão, peça o uso da manchete para levantar a bola e o toque para enviá-la ao outro lado.
- Ping-Pongão: O jogo consiste em uma disputa de pontos na qual o objetivo é fazer com que a bola toque duas vezes a metade da quadrinha adversária, cada jogador deve rebater a bola em direção ao campo adversário depois que a bola toque uma vez o chão da sua metade. Com o desenrolar da proposta, eles vão ficar craques! Tire o pingo e proponha o jogo somente pelo alto, mas ainda com a rede construída nos cones, usando os três contatos permitidos com a bola. Aí, fica a critério estabelecer as regras: a mesma pessoa faz 3 contatos, devem ser 3 pessoas diferentes, somente manchete, para passar deve ser feito o toque, não pode ser passada com somente um toque...
O jogo do Resgate, da postagem anterior (Veja Sacando o Voleibol IV), também volta, agora com uma modificação!
- Resgate: Cada uma das equipes ocupa uma metade da quadra. Um dos integrantes de cada equipe vai ao fundo da quadra oposta de posse de uma bola. Sua função será sacar para que algum de seus colegas segurem a bola diretamente - sem deixar tocar o chão - e possam sair da quadra, juntando-se a ele no fundo para sacar e retirar o restante da equipe. Vence a equipe que "resgatar" todos para fora da quadra com maior velocidade. A mudança aqui é a exigência de recepcionar a bola rebatendo (toque, manchete ou outra maneira), sendo executados 3 contatos com a bola: o primeiro rebatido, segundo e terceiro passados (segurando a bola). O terceiro jogador a tocar a bola é "resgatado". Incremente conforme for ficando mais tranquilo, aumentando o número de passes rebatidos para dois ou três.
Entendo que, ao final dessa aula ou mesmo da anterior, já é possível permitir um momento de prática mais livre, com equipes jogando. Ainda é o começo e eles sentem certa insegurança em tentar recepcionar a bola, se sentem inibidos em usar alguns movimentos. Nada de instruir com relação a rodízio AINDA, nem posicionamento, deixe isso para os próximos momentos! Novamente, só garanta a participação de todos os que quiserem jogar e não permita que os mais "espertinhos" sobressaiam no jogo, excluindo quem ainda está num outro ritmo. No mais, solte a bola, eles estarão doidos pra começar a colocar em prática o que andam fazendo :D
Estou meio apertado com a pós (e olha que é EAD!), mas as postagens seguem normalmente toda sexta-feira. Não perca o restante da série... Abraços a todos!
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