Quando chegam as tentativas que, após identificarem uma realidade que existe, buscam tocá-los e mostrar algum valor naquilo que se fala e tagarela por 110 minutos semanais frente 40 indivíduos em construção constante, por que não há receptividade? Gostaria que todas as pessoas, envolvidas direta ou indiretamente com a escola, ricas ou pobres, brancas, amarelas, verdes ou azuis, pudessem por um dia assumir uma classe com a simples tarefa de falar aos alunos sobre algo que seja significativo para todos dentro da mesma sala.
Por que é tão errado em querer trocar ideias, pensamentos e conhecimentos sobre as mesmas coisas de que falamos todos os dias? Na maioria das vezes, o mundo que é desenhado com giz em cada lousa é bem diferente daquele de cores, gostos, cheiros e sons reais percebido quando se olha pela janela. Bato o pé e quero saber: por que a recusa em aproximar-se de uma realização conjunta e possível pelas próprias mãos?
Por que é preciso valer-se de cada situação para tentar sobrepujar, ridicularizar, ver prejudicado ou mesmo "tirar onda" com a pessoa que está do lado? Posso substituir a pessoa do lado pela pessoa na frente da sala... Posso substituir alguns dos termos que se dirigem a um ser vivo pensante e torná-los mais relacionados a objetos: Por que é preciso valer-se da cada situação para testar a resistência, usar inadequadamente, inutilizar, monopolizar para não dividir o material que é rico e pode ter sido construído por ele mesmo? Não entendo como é tão difícil usar cada coisa para dialogar com o mundo...
Por que se perde tanto com chamadas de atenção, pedidos de silêncio, broncas, repreensões...?
Por que eu insisto em continuar buscando as respostas para perguntas que eu já deveria ter respondido na faculdade?
Por que as perguntas desse post não acabam?
Faça as suas perguntas, me ajude com respostas, altere os questionamentos... Eu queria que meus alunos assumissem essa postura crítica o tempo todo.
Por que ainda devo deixar abraços a todos? Simplesmente porque sempre me faz bem escrever sobre o que não é falado, são perguntas que não existem e ao mesmo tempo se fazem enxergar sempre, tanto e quando.