sexta-feira, 3 de outubro de 2008

Chegando ao primeiro dos últimos...

Passaram-se 4 meses altos e eu não consegui me motivar para controlar uma freqüência de postagens. Tantas idéias boas, tantos pensamentos e impressões ficaram perdidos no tempo. Bom, perdidos, alguns, a maioria está lá no meu caderno de registros, devidamente anotada. Muitas das idéias foram postas em prática. Mas isso de rever o ano letivo, deixo para quando tudo tiver terminado.

Por enquanto, estamos começando o último bimestre. Depois de trabalhar com diversos conteúdos, eu reservei as atividades desse último bloco para aplicar algo do que vimos no ano todo. Isso, claro, dependendo da complexidade envolvida nos processos de aprendizado que apliquei com as turmas de ensino fundamental, bem como a compreensão que eles podem ter do que realizarmos.

Com as primeiras e segundas séries, eu pretendo desenvolver uma espécie de gincana. Eles participariam de todo o processo, da escolha das provas, da divisão das equipes, nomeação dos times, critérios de pontuação, premiação. A idéia que eles têm de competição seria transformada em algo mais interessante sob o ponto de vista pedagógico, para que eles pudessem observar que, naquilo em que ele é bom, o outro pode até não ser melhor, mas consegue superar o desempenho em tarefas diferentes. De que competir integra valores como respeito, moral, cooperação (sim!) e força de vontade.

Eu gostaria que esse projeto envolvesse mais os professores de sala, mas vou amadurecer a idéia primeiro para, quem sabe, torná-la mais funcional e aí sim aplicar algo em conjunto. Eu espero que consiga proceder sem maiores problemas.

Nas quartas séries, usei o ano para introduzir os temas da cultura do movimento. Falamos de Jogos, Ritmo, Saúde, Capacidades Físicas, Esporte. Este último será a base do último bimestre, onde vou propor que os alunos tomem mais contato com o básico do conteúdo esportivo de maneira mais intensa, conhecendo e analisando os esportes mais praticados, além de serem apresentados a outras modalidades menos conhecidas. Tudo isso, pensando mais em uma base motora (correr, saltar, passar, receber, arremessar, rebater, chutar) que agregue as possibilidades diversas do esporte, sem especializar movimentos ou criar jogadores monoaculturados esportivamente. Basicamente, quebrar a rotina de preferências "Futebol-meninos e Vôlei-meninas".

Como complemento, quero sinalizar também alguns temas como os treinos do esporte de alto rendimento, o consumo de drogas anabolizantes, gênero e esporte, e reforçar a idéia de cooperação e competição coexistindo no jogo esportivo. Tudo de maneira introdutória, já que futuramente, de acordo com a Proposta Curricular estadual, esses conteúdos, além de outros já trabalhados superficialmente ao longo do ano, serão melhor estudados a partir da 5ª série.

Espero conseguir atingir algumas metas. Agora é colocar no papel, pensar em cada turma para montar algo que funcione bem com cada uma delas. Abraços a todos e até a próxima.

domingo, 25 de maio de 2008

Por ser corriqueiro, torna-se absurdo.

Não é verdade que me esqueci deste blog. Como muitos dos que aqui freqüentam devem saber, a profissão professor ocupa tempos até mesmo de descanso para preparação e planejamento. Quando sento em frente ao computador, procuro as novidades mais recentes, estabeleço alguma relação com as pessoas através dos meios digitais e volto para meus papéis. Isso quando não preciso me alimentar, o que também requer certo tempo... Ainda bem!

Mas... não é do tempo que falo. Quero tratar do respeito.

O que é respeitar? É temer? É comportar-se de maneira subordinada para não receber punições? O que entendo por respeito é a simples compreensão de tratar o outro de maneira humana para, assim, ser reciprocamente bem tratado. Poucas vezes se observa uma situação de respeito que não seja mútua entre dois indivíduos. Os limites podem construir o respeito, as regras também. Do que penso, o respeito existe quando nos colocamos no lugar do outro, vendo o que não desejaríamos sofrer, determinadas ações desencadeadas por escolhas e atitudes de nossa parte.

Vejo isso nos alunos. Grande parte deles, a despeito suas situações críticas, a ausência de modelos considerados íntegros e uma realidade que não favorece o respeito construído e sim o temor imposto pela lei do "quem pode mais, manda", respeita aquilo que o professor diz, ouve suas idéias e explicações e, principalmente, convive de maneira amistosa com qualquer um que esteja no ambiente escolar. As exceções, infelizmente, existem. E constrastam tanto que fica difícil pensar que para esses algo um dia mude.

Tentar agredir o outro não foi um ato impensado. O que um aluno tentou fazer naquela aula de sexta-feira, a última do período, é a conseqüência de um modo equivocado de encarar a vida, de achar que tudo se pode, tudo é permitido, que para ele nada se aplica, ele está acima de qualquer regra de convivência por mais básica que ela seja. Confesso ter sentido o sangue esquentar ao ver que aquele pequeno, que se acha grande demais, em nada mudou desde o começo do ano, com todas as conversas, as chamadas e pedidos de atenção... A mesma maneira violenta que ele entende ser a resolução dos seus problemas é a arma que ele tem para fugir de uma explicação que satisfaz um professor intranqüilo, ao não perceber que pode educar, e o seu próprio íntimo, inseguro atrás de uma máscara de agressões verbais e físicas, sem qualquer relação com a realidade. Gritei, sim. Segurei pelo braço, sim. Perder a cabeça é normal? Ainda vou contruir uma idéia sobre isso... O tempo corre.

Cinco dias de suspensão não são suficientes para fazer uma maneira de ser tornar-se diferente. Não sei como será daqui pra frente, afinal ainda estamos no segundo bimestre. Talvez a escola não ofereça o que a família não dá, uma vez que não é obrigação do Estado oferecer alunos comportados. Isso é cidadania pura. Pena que muitos têm esse direito negado, voluntariamente ou por tabela. Abraços a todos.

quarta-feira, 23 de abril de 2008

O silêncio dos inexperientes!

Após quase um mês de ausência, eis que o dia de hoje acendeu uma chama e resolvi me sentar aqui mais uma vez para falar dos caminhos os quais venho abrindo desde fevereiro...

É justamente nisso que quero tocar, do "Professor Guilherme" ser tão recente na minha vida. A gente termina uma faculdade querendo sair e botar tudo aquilo de bonito e perfeito que aprendemos em prática, intentando fazer a diferença na vida de centenas de pequenos por ano, trazendo experiências variadas, novos conceitos, um mundo de vivências pensado exclusivamente para que eles usufruam. Porém, eu já tratei desta outra realidade, sabemos que uma sala de aula não é fácil. Eu, pelo menos, agora já sei, mas isso não me desanima nem por um momento!! A vontade de ver as coisas dando certo é meu dínamo todos os dias quando acordo e tomo os dois ônibus rumo à escola.

Da faculdade, eu aprendi que não podemos generalizar os alunos, afinal cada um tem uma história e uma forma de entender o mundo. Aprendi também que repetir simplesmente aquilo que já vimos ou conhecemos não acrescenta nada se não for uma reprodução reflexiva ou repensada na situação do momento. Aprendi, por fim, que, por meio de brincadeiras e jogos, muotos desses conhecidos das crianças, outros fruto da criatividade do professor, podemos atingir N objetivos, mesmo os mais impensáveis, fazendo bom uso do espaço disponível, dos materiais existentes e de uma explicação clara e precisa.

Pois bem. Aproveito algo disso e acrescento outro fator fundamental: o acerto. Não o simples acerto de atingir um objetivo ou alvo. Um acerto gradual, de entender como aquele público lida com diferentes maneiras de se aplicar o mesmo programa. Comigo isto tem sido flagrante. Acompanhando a seqüência de aulas das quartas séries, até me sinto culpado por "usá-los" deste modo.

Três quartas séries.
- A primeira formada por alunos mais velhos, a maioria já completou dez anos ou mais, pré-adolescentes que, por um motivo ou outro, não estão ainda no Fundamental II e simplesmente já se encheram das turminhas e da professora única em sala, querem a agitação das trocas de aula a cada 50 minutos.
- A segunda tem faixa etária adequada, mas condensa um grupo agitado e disperso, participativos, porém desatentos a aquilo que não for o que os interessa naquele instante, como as bolinhas de gude (burquinhas) e o intervalo dos alunos maiores.
- A terceira ainda é uma classe de quarta série, apesar da agitação ocasional da chegada de uma nova fase. Ouvem, escutam e estão mais dispostos a colaborar.

Não sei qual a minha participação nessas três impressões, mas é fato que as aulas com a terceira classe têm sido mais proveitosas em todos os sentidos do que as duas anteriores. Como tudo é novo ainda, o planejamento das três salas é igual, inclusive as atividades aplicadas. Porém, quando chego à ultima aula do dia, já modifiquei vários pontos que, de certo, contribuiram demais para que a participação e motivação durante a aula. Isso, quase sempre e coincidentemente, acontece sempre na terceira sala.

Devo me sentir culpado? Talvez, mas a empatia com esta turma realmente foi à primeira vista, sem dúvidas, enquanto na primeira sala, topei com alguns que se recusaram desde o primeiro momento a colaborar mesmo quando o conteúdo os agrada, embora uma maioria goste e queira aprender sempre mais. Na segunda, tive momentos ótimos que semanalmente confrontam-se com a vontade de conversar e se expressar, eles estão ficando mais "treinados" em falar e ouvir na hora certa...

Só espero não estar prejudicando um em função de experiências que visam aperfeiçoar um formato de Educação Física repleto de boas intenções, mas que ainda busca seu acerto... Um abraço aos leitores e espero mais comentários!!!

quinta-feira, 27 de março de 2008

Fora as descrições...

Acho que já posso dispensar um pouco as criteriosas descrições das minhas atividades para, enfim, poder escrever um pouco mais sobre as impressões que ando tendo sobre o ensino da Educação Física, tal qual ele se apresenta pra mim, nas escolas onde estou, partindo daquilo que eu penso e vejo.

Tenho tentado mostrar e fazer com que os alunos entendam que a disciplina não é um mero momento de algazarra entre os conteúdos "sérios" da escola. Já consegui transformar em muitos a idéia de apenar sair da sala, receber bolas e fazer o que mais gostar (na maioria dos casos, o glorioso futebol, que eu mesmo adoro... mea culpa), pois a Educação Física, assim como todas as outras disciplinas precisa sempre possibilitar aos educandos novas experiências, que desafiem o que ele já possui e forneçam subsídios que os tornem capazes de ir além do que eram antes de vencer o problema. Este tem sido meu principal objetivo, exigir sempre um pouco mais do que sei que eles já têm, mas que podem alcançar através do entendimento, da vivência e da reflexão.

As dificuldades existem. E são grandes. Uma escola grande, que precisa de uma organização, mesmo que isso signifique abdicar de tempo adequado para utilizar o espaço externo. Tenho aceitado o desafio de trabalhar os mesmos conteúdos fora e dentro da sala, quando necessário, e tem sido motivador para mim, e percebo que os alunos também se envolvem, mesmo desanimados com a privação espacial a que são submetidos durante as 4h de aula.A capacidade de saber ouvir e falar na hora certa é algo que, aos poucos, vejo que muitos já estão adquirindo, percebendo a importância do diálogo e dos questionamentos que surgem através dos colegas, daí a necessidade estar em silêncio momentaneamente para poder compreender aquilo que é sugerido/questionado/apontado. Na sala, isso tem sido marcante e tem me deixado muito feliz. Sou muito conservador mesmo e entendo que o silêncio é fundamental no ambiente de aprendizado, pois leva à concentração e à reflexão, porém não vejo isso ser prejudicial, afinal, por mais que sôe de acordo com o que se propaga todo o tempo, ao almejar degraus mais altos, dificilmente eles poderão sempre fazer o que quiser, sendo necessário reconhecer o momento de parar e respirar um pouco!

O primeiro contato com as turmas de treinamento, um público mais velho, mostrou um potencial de trabalho muito grande!! Já encontrei reproduções de uma lógica natural a quem está em contato com o esporte competitivo midiático: "Professor, quem ganha, fica!". Tratei da importância do momento do jogo coletivo formal como sendo fundamental na aplicação do que aprendermos durante os exercícios e de momento de compartilhamento de diferentes modos de jogar, já que mesmo que o objetivo ainda seja superar o adversário, este é o colega de equipe e ainda é a sessão de treino, ressaltando que o momento de buscar a vitória pelo título será outro. Aliás, muito breve, pois na quarta que vem já estarei levando os meninos da categoria Infantil para as disputas da fase municipal da Olimpíada Colegial...

Alguns pontos que achei importante abordar. Mais que comentários, peço humildemente que me questionem, me critiquem e me façam pensar também, o objetivo destes relatos é oferecer um espaço de debate da Educação Física Escolar. Abraços a todos!

sábado, 15 de março de 2008

Fazendo direito... e com a canhota!

Da mesma forma como essa semana passou rapidamente, ela também foi muito gostosa durante as aulas porque estou conseguindo que os alunos estejam a grande parte do tempo "ligados" no que estamos fazendo.

Da série "Conhecendo o movimento", falei um pouco sobre lateralidade para eles, tanto as segundas como as quartas séries. As aulas de segunda-feira foram mais um momento de avaliação do quanto eles estavam dispostos a se organizar, com uma "Festa na Fazenda" (quatro cantos, quatro tipos de bixo e diferentes modos de locomoção, buscando fugir do caçador ao centro). Na quarta, iniciei do ponto que eles estavam. O "diagnóstico" era pedir para que todos levantassem a mão direita, quando observei que a maioria não tinha adquirido noções de lateralidade ainda. Então trabalhei com atividades que os estimulasse para apreender algo sobre.

Começando com os alongamentos habituais (tem funcionado sempre, principalmente fazendo de uma maneira mais divertida, com sons e posições que eles não estão acostumados), contei sobre o que faríamos, começando com uma divisão de grupos geita por mim. Após os protestos naturais, expliquei que os grupos mudariam conforme eu pedisse esta ou aquela característica comum entre os componentes. O funcionamento: de frente para os alunos, dizer "Quero que todos os alunos usando calça fiquem do meu lado DIREITO!!" Rapidamente, eles tinham de formar uma fila lado a lado, os que se encaixavam no grupo, à direita, o restante, à ESQUERDA. E seguiu assim, com muitas divisões e se mostrou bastante motivador, inclusive com os maiores, que lamentaram quando pedi que se reunissem novamente para eu passar ao próximo jogo.

A seqüência trabalhou aspectos de lateralidade também, associados a algo de atenção e percepção dos sentidos. De frente para as turmas, eu explicava que usaria meu apito para controlar os movimentos. Com um apito, deveriam se deslocar um passo para a direita. Com dois apitos, um passo à esquerda (o apito, no caso, pode ser substituído por palmas ou outro estímulo sonoro). Como eu estava de frente para eles, várias vezes eu apitava para que fossem para a direita e ia para a minha direita, que era a esquerda deles, perguntando se aquele era o lado correto de acordo com o número de apitos que eu havia usado. As inversões de seqüência também funcionaram muito bem para motivá-los.

Ao final, os reuni novamente em círculo e conversei se haviam gostado da atividade, explicando que ainda trabalharíamos mais a lateralidade. Como última atividade, pedi novamente que eles levantassem o braço direito e percebi que o número de acertos foi muito maior, comprovando que o objetivo, embora não alcançado totalmente, já estava fazendo sentido.

Somente a 2ªH foi tão difícil que precisei trabalhar em sala. Propus uma cruzadinha na lousa e alertei que enquanto não concluirmos todas as palavras (o que requer mais atenção, participação e concentração de todos), não voltaremos à quadra/pátio. Não houve resultado e espero que eles sintam que, da maneira que anda acontecendo, não teremos como continuar saindo da sala.

O detalhe positivo fica para a aula com a 4ªJ, pois mesmo com a aula segmentada (20 min, intervalo de 15 min, mais 30 min de aula em sala), consegui trabalhar uma das atividades na quadra antes do recreio e incluir um trabalho na lousa de orientação espacial, desenhando um mapa da classe na lousa e pedindo que eles me ajudassem a localizar colegas e objetos, dizendo se a fileira estava á esquerda/direita e em qual carteira. Muito produtivo!

Na sexta, minha primeira reunião na Diretoria de Ensino, em razão das turmas de ACD. As Olimpíadas Colegiais começam já em abril para a categoria Infantil (até 16 anos). Trabalharei com Tênis de Mesa e Futsal Masculinos e o tempo urge!!!

Obrigado a todos pelas visitas e espero que continuem passando por aqui para dar os seus pitacos. Abraços especiais!

segunda-feira, 10 de março de 2008

Reconhecimento de campo

Saudações. Uma semana atribulada, sem ser tão cansativa.

Com as aulas na Unicamp retornando, o meu tempo vai se tornar um pouco mais escasso, embora duas disciplinas não sejam uma carga assim tão expressiva, penso eu. Nas escolas, eu busquei continuar oferecendo experiências de conhecimento do movimento em todas as turmas, tanto para saber o que eles já conhecem/fazem/gostam como para ir introduzindo a idéia de uma Educação Física como área de estudo diferenciada. Os resultados gerais têm sido ótimos. No geral...

O mês de março foi o pontapé inicial para entrar de cabeça no planejamento das aulas e das turmas de treinamento (essas ainda inativas, pretendo resolver tudo até quarta-feira para começar na próxima semana). A segunda-feira com as segundas séries do Celeste foi bem tranqüila, todos pareceram gostar das aulas, com os mesmos insistindo em não querer participar ou estarem sem vontade. Apliquei as mesmas atividades de sexta-feira e funcionou muito bem, inclusive o "Siga o mestre", de muita criatividade.

Na quarta, mais dificuldade. Organizei uma atividade para verificar como andava a lateralidade das turmas: um circuito de "trânsito" desenhado com giz. As crianças se agruparam em trios enfileirados e eram os "carros", sendo que o aluno do meio dirigiu o primeiro com toques nas costas. Apesar da desorganização inicial, a turma se entendeu e o exercício final, o qual apelidei de "Faça o que eu digo, não faça o que eu faço" fez bastante sucesso. Nota para a dificuldade que eles ainda apresentam em se organizar para ouvir e conversar sobre a aula, levamos 10 minutos para conseguir sentar em círculo. Na 2ªH foi quase impossível aplicar as atividades, eles se mostravam muito agitados, o que me levou inclusive a prometer deixá-los em sala na próxima aula.

As turmas de 4ª séries se mostraram mais receptivas aos exercícios do que eu imaginei, já que adaptei os mesmos exercícios das turmas menores, agora pensando mais na questão do corpo em movimento e suas variações. A turma mais problemática (não sei se posso chamá-la assim, pois são aquelas 3 ou 4 lideranças negativas que atrapalham o andamento da aula) foi uma das mais interessadas durante toda a aula, talvez pela ausência de alguns dos alunos mais velhos. Me esqueci do intervalo das quintas séries na segunda aula (sim, a escola tem mais de um intervalo por período, são 16 salas e uma média de 600 alunos no pátio não seria recomendável) e perdi 30 minutos tentando inutilmente introduzir a atividade, no fim, eles foram participativos. A última aula de quarta-feira foi das mais produtivas em termos de contribuição e participação dos alunos. Não usei a atividade do "carro", mas a idéia inicial da travessia em apoios por grupo - por favor, peço sugestões melhores para nomear essa atividade: os alunos divididos em grupos de 3 ou 4 devem cumprir a tarefa de atravessar o espaço determinado utilizando somente o número de apoios solicitado pelo professor, tentando sempre inovar frente ao que os outros grupos executam. Muita criatividade. O "Faça o que eu digo, não faça o que eu faço" também foi muito bom. A sexta-feira foi um dia complicado, em resumo: travessias em diferentes maneiras de locomoção e um pega-caranguejo no final. Só não foi realizado na 4ªI, pois tive um problema sério com três alunos, inclusive levando-os à diretoria. Não foi legal, não gosto de recorrer à última instância, mas não houve outro jeito. Estes ficam sem Educação Física até abril.

Pouco a pouco, tenho conseguido ir moldando o formato de aula que pretendo conduzir. A insegurança ainda existe, e em grande parte dos momentos, mas tenho me esmerado em melhorar de acordo com o que tenho visto, percebido e identificado. Uma boa semana e até breve!

Notas da semana:

domingo, 2 de março de 2008

Segue o jogo!!

A segunda semana foi de trabalhos incessantes, com o resultado de uma leve rouquidão no fim da tarde de sexta-feira, devidamente tratada.

Como continuei nas salas de aula com as turmas no Celeste, programei uma discussão de conteúdos para as quartas séries e um jogo da memória diferente para as segundas séries.

As segundas séries do Celeste até assimilaram bem a atividade, que consistiu em dividí-los em duplas para combinar um gesto/movimento comum para o par, sendo que o(s) aluno(s) escolhido(s) deveria(m) se ausentar da sala e retornar para tentar formar os pares, após eles se misturarem. Propus um formato cooperativo, onde a dupla jogava junto e tentava adivinhar um número determinado de pares antes de ser escolhida outra dupla. A maioria só lembrou de movimentos esportivos, mas houve algumas manifestações gestuais interessantes por parte de alguns. Expliquei a variabilidade de movimentos observados e relembrei as conversas anteriores sobre os aspectos do movimento. A outra aula da semana não ocorreu porque foi marcada a primeira reunião de pais. Registre-se que eu não sabia...

Como previ, foi um pouco difícil conter a euforia das quartas em ficar mais uma semana dentro de sala, no entanto consegui a atenção da maioria, participando e opinando sobre o que veríamos durante o ano. Dividi os conteúdos com eles em quatro blocos (essa divisão é semelhante para as outras séries, contudo a divisão feita é uma linha mais tênue e os conteúdos esportivos não têm uma representatividade significativa, sendo tratados de forma conjunta nos jogos de habilidade):

1° BIMESTRE: Conhecendo o movimento corporal

2° BIMESTRE: Jogos

3° BIMESTRE:
Saúde e atividade física

4° BIMESTRE:
Introdução aos esportes

Perguntei o que conheciam sobre cada item, pedi definições, dei alguns exemplos, pedi sugestões, foi produtivo, apesar de lidar com a falta de atenção da maioria das crianças. No fim da aula, após realizar o alongamento (que já foi incorporado, sendo pedido por eles em todas as aulas, deu muito certo!), fiz uma breve brincadeira de "forca" na lousa, fechando a discussão com o acerto da palavra LÚDICO, quando expliquei o que significava e que seria a nossa ferramenta durante o ano letivo. Outro registro muito interessante foi a discussão de gênero que surgiu em duas das três salas quando tratamos de dança, amarelinha e outras brincadeiras, parece ter sido bem assimilada pelos meninos, que enxergam mais problemas nessas situações que as meninas.

Na segunda aula da semana, fiz uma estafeta disfarçada, onde não havia vencedores ou perdedores, o objetivo era escrever no quadro atividades/movimentos que utilizassem determinadas partes do corpo - pernas, braços, cabeça, tronco, quadril e corpo todo - de acordo com a maneira de agrupamento (por fileiras, na maior parte dos casos). A intenção era salientar como na maior parte das atividades o corpo todo está envolvido no movimento e definir conceitos de movimento global e segmentar. O objetivo aparentou ter sido cumprido perante as turmas.

No Pacheco, tentei aplicar um jogo da velha semelhante ao jogo da memória já realizado na outra escola, sem sucesso, mais por culpa minha do que dos alunos, uma vez que a atividade no formato apresentado tornou-se extremamente desmotivadora. Então, contornei o problema sugerindo diferentes tipos de "pega" que explorassem situações motoras específicas (pega alto, pega baixo, pega corrente, pega americano, pega gelo), reunindo-os ao final para discutir como eles usaram o corpo em cada atividade.

No dia seguinte, eu queria continuar o trabalho de percepção do próprio corpo, o corpo do colega e os movimentos possíveis. Dividindo a turma em duplas, propus uma atividade de espelho, em que as duplas alternaram-se em imitar exatamento o que o parceiro fazia. Na seqüência, a atividade "marionete", com as duplas novamente, onde os parceiros alternaram-se nos papéis de boneco e dono do boneco, que deveria movimentar o primeiro por meio de fios imaginários presos ás articulações, eles gostaram bastante! No final, o tradicional "siga o mestre" foi de fácil aceitação entre todos, com excecção de pouquíssimos alunos. Com estes, conversei no final da aula explicando a importância de manterem-se junto ao resto da turma para aproveitarem as aulas e ouvir, porque senão a alternativa era ficarem na sala de aula, já que estavam correndo pela quadra e fora dela, correndo o risco de se machucar.

Frutos da melhor qualidade nessa semana!!! Fiquei otimista com relação ao prosseguimento do curso, com todos os alunos. A próxima semana já promete ser melhor ainda. Abraços aos leitores.

sábado, 23 de fevereiro de 2008

Boa tarde, pessoal, meu nome é Guilherme, professor de Educação Física...

Como foi a primeira semana à frente das minhas 7 turmas? Tive momentos muito bons e alguns que me deram a certeza de ter trabalho por fazer.

Na segunda, as aulas não aconteceram conforme combinado entre os professores da área, já que definiríamos em reunião algumas diretrizes de trabalho em comum. A terça era reservada para as duas turmas de treinamento, que ainda não estão organizadas, começam somente na semana que vem. A quarta-feira, finalmente, minha estréia em classe. E foi um pouco difícil, estive meio nervoso, porém, não foi a tensão a justificativa para as dificuldades.

Não sei se posso chamar de dificuldade, afinal... Bem, eu não sei. O fato é que entrar em classe, me apresentar, saber o nome dos alunos e o que eles gostavam de fazer (brincadeiras, jogos e afins) correu bem, até o momento em que eles ficaram sabendo que não sairíamos da sala naquela semana, assim como na próxima. E vai o professor desenrolar um papel com normas para a aula de Educação Física:

1 - Aguardar o professor em sala e em silêncio.
2 - Ao sair da sala, sair de forma organizada, sem atrapalhar as outras classes.
3 - Se possível, vir de tênis e roupa confortável.
4 - Durante a aula, saber ouvir e saber falar.
5 - Respeitar o professor, colegas e funcionários da escola.
6 - Utilizar os materiais com cuidado e devolvê-los corretamente.
7 - Não correr para outro espaço da escola, não subir em grades, pilares e traves.
8 - Os cinco minutos finais da aula serão sempre usados para ir ao banheiro lavar as mãos e beber água.
9 - Se estiver machucado/doente e não puder participar das atividades, avisar o professor.
10 - Problemas de indisciplina e mal comportamento serão tratados com a direção fora da aula.

E foram 50 minutos tratando desses temas e tentando controlar a incapacidades das turmas em focar-se em algo tão chato durante todo o tempo. Tarefa quase impossível... Fiquei chateado em frustrá-los (podia ver nos rostos de alguns o quanto), mas, por outro lado, o momento foi bom para saber quem são aqueles que podem tumultuar ao longo do ano. Pouquíssimos. Assim, as duas 2ª séries e as três 4ª séries tiveram a primeira aula de Educação Física do ano.

Não sou um seguidor convicto de João Batista Freire, mas ao ler "Educação de Corpo Inteiro", há algo que ele trata de forma impecável: a inadequação do formato de uma sala de aula, fixa, imóvel e incomodamente cerceadora do direito de se movimentar. A natureza da criança, ao que me parece, implora por experiências diversas, experiências não só de conhecimento de conteúdo escrito e falado, mas principalmente motor. Se eu pudesse, teria feito dessa aula algo melhor, mas numa escola com mais de 600 alunos por período é preciso abdicar de alguns privilégios e opções didáticas para um melhor funcionamento.

Quinta-feira foi dia de começar na outra escola, onde darei aulas na 1ª e 2ª séries. Conversei mais brevemente sobre as tais regras e levei-os para a quadra, onde brincamos de duas brincadeiras de roda, uma delas sugerida pelos próprios alunos. Consegui ainda fazer um fechamento falando sobre os diferentes movimentos e seu uso, embora nas duas turmas eu tenha alguns pequenos mais agitados ou de comportamento inexplicável. Foi tranqüilo.

Na sexta, aulas com as quartas séries novamente. Programei mais uma aula em sala, agora com uma atividade para tentar deixar o ambiente menos parado: escrevi em pedaços de papel algumas palavras (ex: jogador de basquete, jogador de xadrez, nadador, fazendo faxina, cozinhando...) e distribuí entre eles, nas classes maiores pedi que se organizassem em duplas (grata surpresa, correu bem, apesar de alguns não quererem participar). A proposta era apresentar aos colegas, por meio da mímica, qual a palavra que eles tinham em mãos. O restante do grupo deveria adivinhar, o que foi meio fácil, já que eles mesmos contavam ou deixavam os colegas lerem. Aqueles que tiveram dificuldade, auxiliei no que pude quanto à leitura e entendimento.

Foi ótimo. No início, puxei um alongamento com todos para descontrair o clima, deu muito certo, principalmente na 4ªK, que tem a aula segmentada pelo intervalo (20min antes e 30min depois, explico o funcionamento da escola em outro post). Após conseguir o silêncio, eles se interessaram, se divertiram, tentaram adivinhar as palavras dos colegas e, ao final, concluí resgatando o que havia sido demonstrado na frente e as diferenças entre cada movimento.

4ªJ e 4ªK, ok. Mas na 4ª I foi difícil, começando com um sermão de 20 minutos, combinado com seguidas interrupções de alguns alunos "revoltados" por não sairmos da sala. Estes são alunos mais velhos, "atrasados" segundo a cronologia escolar e precisam ser recolocados através de um trabalho diferenciado, pois com 12 e 13 anos em uma sala de maioria entre 9 e 10 anos, eles exercem uma liderança extremamente negativa e mesmo quando não lideram, prejudicam o andamento das atividades. Dificuldade em conseguir explicar o que faríamos, em conduzir as atividadesm eu tinha uma sala divida em duas: a metade dos meus alunos "agitados" e a metade daqueles que estavam me ouvindo. Ainda busco uma solução para o caso e colaborações são bem vindas.

A semana teve muitas conquistas! Espero continuar melhorando e a minha expectativa não pode ser melhor para a semana seguinte, pois vi que o trabalho pode ser feito de forma satisfatória.
Preciso preparar os planejamentos das turmas e das aulas de treinamento para entregar à direção das duas escolas e embora tenha quase tudo montado, colocar no papel e adaptar a idéia à realidade de cada momento é complexo. Até a próxima!

sexta-feira, 15 de fevereiro de 2008

Planejar é preciso

Boas! Chega ao fim a minha primeira semana em exercício no cargo de professor. Impressões? Muitas e tenho certeza de que me esquecerei de alguma coisa ao tratar de tudo o que vi, ouvi e aprendi.

Pra começar, algumas das coisas que vim preparando desde o começo do ano serão sumariamente arquivadas, já que a minha incumbência nas duas escolas será restrita às turmas de Ciclo I: 1ª a 4ª séries. Para ser mais exato, 1ª, 2ª e 4ª séries. Sete turminhas. Assim, um planejamento para turmas dessa idade tem que ser diferente em muitas coisas de um planejamento específico para alunos do Ciclo II, que já estão habituados ás aulas de Educação Física e podem ter conteúdos mais diferenciados em virtude do nível geral de desenvolvimento físico e intelectual conquistado (logicamente, sem generalizar, afinal considerar as características de cada grupo é fundamental).

O Ciclo I, ao meu ver, carece de vivenciar atividades que os façam entender qualidades e condutas relacionadas à Educação Física, experimentando o diálogo que o movimento permitido pelos seus corpos desenvolve com o tempo, espaço e o colega. Noções de lateralidade, locomoção, manipulação, equilíbrio, velocidade, agilidade, coordenação, ritmo e expressão. Ufa! Parece complicado? Alguns podem oferecer centenas de exemplos de exercícios repetitivos que desenvolvam cada uma dessas supostas capacidades motoras, oferecendo ao aluno um bom aprimoramento motor, ao final da sessão de prática.

Sessão de prática? É. Eu não consigo chamar algo que se torna repetitivo e padronizado como aula de Educação Física. É preciso ir muito além do desenvolvimento motor para educar. E a ferramenta mais apropriada ao tempo de ser criança é nada mais, nada menos, que o JOGO. Situações imprevistas, a relação com outros jogadores, com o objetivo, os meios para cumprir a meta proposta, tudo oferece uma alternativa mais condizente com o que sabemos sobre infância. Além disso, o jogo oferece a possibilidade de trabalhar conteúdos de outras disciplinas atrelados à atividade, não é simplesmente o jogar, já que envolve diversos elementos em complexidade que alguns buscam compreender, sem nunca esgotarem-se as dúvidas e hipóteses.

Finalizando, nesse momento, é curioso observar o momento de planejamento, no qual a direção e coordenação reúne todo o professorado (ou aquele que comparece... serei ético para não criticar sem ter conhecimento pleno da situação de cada um), no meu caso, PEBs I e II. Aí tem o momento de explicar as normas da casa para o bom andamento, questões técnicas, documentos e afins. Na seqüência, o imbróglio: montar os horários. Dificuldade extra numa escola de 4 períodos com dois intervalos (até 3!) no mesmo período... Loucura total, mas deu pra se acertar com os horários de aulas e ACDs. Ahh, sim, teve a outra escola, sem maiores problemas, encontrei um ambiente muito bom de se trabalhar e materiais em quantidade..

Depois, colocarei aqui como ficou minha atribulada semana na íntegra. Até a primeira semana de aulas!

quinta-feira, 7 de fevereiro de 2008

Reflexões ansiosas

Faltando poucos dias para eu realmente entrar em exercício na minha profissão professor, venho pensando e organizando alguns materiais que possuo, acúmulos da graduação, vendo aquilo que realmente me servirá daqui pra frente e o que poderei descartar, sendo apenas mais uma boa quantidade de matéria prima vegetal destinada à reciclagem.

Essa reorganização do meu acervo pessoal foi quase um báu de memórias aberto. Encontrei textos de disciplinas que eu já nem me lembrava que havia cursado, alguns deles muito bons, inclusive. Outros eu não pensei duas vezes em amontoar na pilha de inutilidades. Até lembrei de algumas aulas, após ver anotações e comentários para reler alguns trechos. Ah sim, também vi rabiscos de impaciência desenhados nas margens dos textos, símbolos daquilo que eu pensava não ter qualquer importância naquele momento.

E mesmo algumas das coisas que eu pensava serem inúteis, hoje entendo como fundamentais. As aulas de Saúde Coletiva, uma completa desorganização de professores convidados que nos apresentou a alguns conceitos básicos, textos de História da Educação Física, os primórdios dos modelos de ginástica importados da Europa, referências que me indicaram até as fontes para alguns trechos do meu TCC... Nutrição, os conceitos de obesidade e desnutrição, informações importantes que a grande maioria dos planejamentos em Educação Física desconsideram totalmente.

É pensando nessa infinidade de assuntos que venho tentando compôr um modelo de planejamento que dê conta da enormidade de temas relacionados ao corpo, ser humano e saúde. Não seria presunçoso em afirmar que pertencem à disciplina Educação Física, mas penso que dentro da escola, no atual panorama da educação, não há espaço mais adequado para tratar destes assuntos. Pensando nessa mudança de conceitos é que venho construindo minha metodologia.

Crítico-superadora, crítico-emancipatória, desenvolvimentista, concepções abertas... Tentei ver o que conseguia de melhor dos ótimos trabalhos de cada um dos autores que elaboraram estas concepções. Uma Educação Física que proporcione ao aluno emancipar-se, tornar-se capaz de entender e promover transformações sociais, facilite o desenvolvimento e aprimoramento em alguns aspectos físicos, ofereça ao aluno oportunidades sugerir conteúdos que ele domine ou tenha interesse, mas que, principalmente, contribua para transformar o indivíduo dela participante em alguém diferente do que era antes.

Ainda não sei dizer o que encontrarei quando realmente começar, mas as boas idéias e a vontade de fazer tudo são imensas, mesmo conhecendo a realidade do magistério na rede pública através de minha mãe, professora de Biologia e Ciências há quase 25 anos, próxima da aposentadoria.
Até a próxima.

sexta-feira, 1 de fevereiro de 2008

Os primeiros passos de um caminho que ainda não começou

É com muito prazer que inauguro este blog! Não tenho a pretensão de me tornar um sucesso de crítica e leitura, muito menos quero "bombar" na net. A intenção é ir compondo um dia-a-dia de um professor ingressante na rede pública de ensino, compartilhando experiências e tentativas de um recém-formado em Educação Física em aulas para o Ensino Fundamental.

Bom, inicio então as postagens a partir deste marco: minha posse no cargo de Professor de Educação Básica II - Educação Física na E.E. Profª Celeste Palandi de Mello, que ocorreu ontem à tarde. Entregue toda a papelada, manuscritas as declarações, assinados os papéis, feito. A má notícia (que não seria de todo ruim, como esclarecerei na seqüência) foi ter conseguido somente 16 das 20 aulas da jornada inicial na escola, o que implicou em ter de buscar complementação em outra unidade escolar.

A sorte n°1 foi estar na companhia de meu digníssimo pai, um honrado secretário escolar desde 2003, competente em sua função e conhecedor dos atalhos. Sob seu auxílio, fomos até a E.E. Luiz Galhardo onde estava acontecendo a centralização do processo de atribuição de aulas, com a entrega dos saldos. Meu pai encontrou lá uma supervisora da diretoria de ensino conhecida sua, explicou minha situação e ela foi muito solícita ao me orientar.

Foi interessante entrar de "gaiato" nessa parte burocrática da educação: diretores e secretários das escolas estaduais de Campinas entregando centenas de envelopes com as aulas que já tinham professores e outras que ficariam para complementação/suplementação de jornada. Acompanhei a supervisora Maria até a sala onde estavam as folhas de saldo e encontrei turmas em escolas próximas à minha casa, o que foi muito animador. No entanto, sem saber quantas eram e em qual período aconteceriam as minhas aulas, não poderia tê-las atribuídas para mim. A solução foi esperar pela chegada do diretor da Celeste...

Muita espera (eu não era o único professor da escola com problemas de atribuição) e fui um dos últimos a sair do Galhardo, mas consegui! Duas turmas (as quatro aulas que faltavam) na E.E Antônio Pacheco, no bairro vizinho ao que eu moro.

Um primeiro dia como professor que valeu pelo aprendizado pela forcinha paterna. Hoje, fiquei sabendo de mais uma turma na escola onde fiz estágio na ano passado, também próxima a minha casa, quem sabe mais uma forcinha? Tudo está evoluindo melhor do que eu esperava!

Dia 11/02 está marcado o retorno previsto para planejamento. Aguardarei com ansiedade. Até a próxima!
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