quinta-feira, 25 de outubro de 2012

Projetando novas ideias - recordar é viver!

   
Sei que essa série estava encerrada, mas só estou retornando para fazer algumas reflexões a respeito do que vi na minha escola durante II Semana Cultural - Cidadania e Tecnologia!

Pessoalmente, não confiava que a proposta fosse envolver os alunos, uma vez que conciliava um tema geral, além de uma divisão das turmas entre os estados brasileiros. A confusão de conteúdos a serem organizados e apresentados era uma preocupação que não se confirmou. Obviamente, foi necessário um esforço no sentido de delimitar grupos de trabalho para cada uma das expressões artísticas - dança típica do estado, dança livre, show de talentos, paródia musical e teatro -, com uma prévia das atividades em grupo e escolha voluntária entre as opções de participação.

Sempre há aqueles que não se identificam com nada e preferem ficar alheios ao processo, mas a participação na construção inicial torna todos minimamente hábeis a respeito das temáticas e capazes de auxiliar quando um participante se ausentasse, por exemplo.

Foi gratificante observar o desempenho da sala na qual sou professor representante. A participação foi qualitativa em todos os quesitos, ainda que eu só tivesse duas aulas por semana para os ensaios e conversas. Curiosamente, esta mesma sala abriga problemas de aprendizagem e indisciplina diversos, complicando o ambiente de sala de aula cotidianamente. Nesta semana que se passou, vi uma outra turma.

Nem preciso argumentar mais a favor desses eventos artísticos-culturais. Para o próximo ano, já pensamos em oferecer mais alternativas que incrementem as apresentações, além de gerar expectativas benéficas. Vale a pena apostar as fichas em algo diferente, desde que todos participem com afinco!

 

Abraços a todos e até a próxima!

sexta-feira, 19 de outubro de 2012

Mãos em jogo - propostas no handebol VI

Acumulou entrega de trechos do TCC, atividades de outros cursos e depois o feriado. Só não dá pra deixar a série sem um ponto final adequado!

O exercício de pensar em possibilidades para chegar a um jogo melhor e mais organizado trouxe novas ideias, mas não pode estar distante de referências e estudos relacionados. Também teremos um pouco disso nesses instantes finais, incluindo algumas impressões que compartilho na iniciação esportiva.

Como recurso durante o jogo, sim. Como regra formar "barreira", não!

É comum observar o ensino do handebol nas escolas com uma orientação clara: o time perde a bola e deve voltar para formar uma barreira, uma aproximação do sistema 1-6-0 (um goleiro, seis defensores em linha. Para mais sobre organização tática em esportes coletivos, clique aqui). Discordo desse comportamento de "barreira", afinal a decisão de defender desta ou daquela maneira é própria do jogador e sua formação deve atender a necessidade de desenvolver essa percepção. Durante minha formação e em outros estudos, algo que ficou é a preocupação de ensinar a defender nos primeiros anos de prática esportiva. Para definir as formas e meios de defender, vale lembrar os princípios operacionais do esporte coletivo como norte. Novamente, a série sobre Estudo dos Esportes Coletivos vale a consulta!

Como em qualquer esporte coletivo, a defesa pode ser feita de maneira individual e por zona. Na defesa individual, cada defensor é responsável por acompanhar um atacante. Na defesa por zona, cada defensor é responsável por um setor da quadra defensiva, devendo exercer marcação sobre os atacantes que permaneçam em sua zona de atuação. Marcar individualmente é um exercício de responsabilidade intenso, exige tomadas de decisão constantes em relação ao adversário, mas o desgaste físico é alto. Marcar por zona permite um maior controle do espaço, incute o retorno defensivo, porém precisa de uma base sólida no comportamento defensivo para não termos aquelas "barreiras", inconcebíveis na atual conjuntura esportiva. As opções de defesa por zona são 6:0, 5:1, 3:3, 4:2, opções feitas pela própria equipe, além de organizações que combinam zona e individual.

No ataque, especializar nessa etapa do ensino do handebol não tem validade. Cabe estimular diferentes papéis (sejam eles as posições ponta, armador e pivô) para desenvolver capacidades e tornar o aluno conhecedor de todas as situações ofensivas possíveis. Conforme o aprofundamento e amadurecimento das ideias (permitindo um jogo mais elaborado do ponto de vista tático), lá pelo 13 ou 14 anos, aí podemos apresentar sistemas ofensivos: 3:3, 4:2, 5:1, 6:0 (novamente, a primeira linha sendo a mais próxima da defesa, assim, o sistema ofensivo 3:3 tem 3 jogadores na primeira linha de ataque, armadores,  e outros 3 na segunda linha, sendo dois pontas e um pivô).

Referências

Pedagogia do Handebol - site desenvolvido pelo Prof. Lucas Leonardo com muitos artigos que discutem o aprendizado, ensino e desenvolvimento da modalidade sob a perspectiva de uma formação completa e embasada em estudos acadêmicos e práticos. Vale uma consulta aprofundada e perder algum tempo nas interessantes leituras!

KROGER, Christian; ROTH, Klaus – Escola da Bola - 1. ed. São Paulo: Phorte, 1999

REVERDITTO, Riller Silva, SCAGLIA, Alcides José. Pedagogia do Esporte: Jogos Coletivos de Invasão. São Paulo: Phorte, 2009
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