Acho que já posso dispensar um pouco as criteriosas descrições das minhas atividades para, enfim, poder escrever um pouco mais sobre as impressões que ando tendo sobre o ensino da Educação Física, tal qual ele se apresenta pra mim, nas escolas onde estou, partindo daquilo que eu penso e vejo.
Tenho tentado mostrar e fazer com que os alunos entendam que a disciplina não é um mero momento de algazarra entre os conteúdos "sérios" da escola. Já consegui transformar em muitos a idéia de apenar sair da sala, receber bolas e fazer o que mais gostar (na maioria dos casos, o glorioso futebol, que eu mesmo adoro... mea culpa), pois a Educação Física, assim como todas as outras disciplinas precisa sempre possibilitar aos educandos novas experiências, que desafiem o que ele já possui e forneçam subsídios que os tornem capazes de ir além do que eram antes de vencer o problema. Este tem sido meu principal objetivo, exigir sempre um pouco mais do que sei que eles já têm, mas que podem alcançar através do entendimento, da vivência e da reflexão.
As dificuldades existem. E são grandes. Uma escola grande, que precisa de uma organização, mesmo que isso signifique abdicar de tempo adequado para utilizar o espaço externo. Tenho aceitado o desafio de trabalhar os mesmos conteúdos fora e dentro da sala, quando necessário, e tem sido motivador para mim, e percebo que os alunos também se envolvem, mesmo desanimados com a privação espacial a que são submetidos durante as 4h de aula.A capacidade de saber ouvir e falar na hora certa é algo que, aos poucos, vejo que muitos já estão adquirindo, percebendo a importância do diálogo e dos questionamentos que surgem através dos colegas, daí a necessidade estar em silêncio momentaneamente para poder compreender aquilo que é sugerido/questionado/apontado. Na sala, isso tem sido marcante e tem me deixado muito feliz. Sou muito conservador mesmo e entendo que o silêncio é fundamental no ambiente de aprendizado, pois leva à concentração e à reflexão, porém não vejo isso ser prejudicial, afinal, por mais que sôe de acordo com o que se propaga todo o tempo, ao almejar degraus mais altos, dificilmente eles poderão sempre fazer o que quiser, sendo necessário reconhecer o momento de parar e respirar um pouco!
O primeiro contato com as turmas de treinamento, um público mais velho, mostrou um potencial de trabalho muito grande!! Já encontrei reproduções de uma lógica natural a quem está em contato com o esporte competitivo midiático: "Professor, quem ganha, fica!". Tratei da importância do momento do jogo coletivo formal como sendo fundamental na aplicação do que aprendermos durante os exercícios e de momento de compartilhamento de diferentes modos de jogar, já que mesmo que o objetivo ainda seja superar o adversário, este é o colega de equipe e ainda é a sessão de treino, ressaltando que o momento de buscar a vitória pelo título será outro. Aliás, muito breve, pois na quarta que vem já estarei levando os meninos da categoria Infantil para as disputas da fase municipal da Olimpíada Colegial...
Alguns pontos que achei importante abordar. Mais que comentários, peço humildemente que me questionem, me critiquem e me façam pensar também, o objetivo destes relatos é oferecer um espaço de debate da Educação Física Escolar. Abraços a todos!
Tenho tentado mostrar e fazer com que os alunos entendam que a disciplina não é um mero momento de algazarra entre os conteúdos "sérios" da escola. Já consegui transformar em muitos a idéia de apenar sair da sala, receber bolas e fazer o que mais gostar (na maioria dos casos, o glorioso futebol, que eu mesmo adoro... mea culpa), pois a Educação Física, assim como todas as outras disciplinas precisa sempre possibilitar aos educandos novas experiências, que desafiem o que ele já possui e forneçam subsídios que os tornem capazes de ir além do que eram antes de vencer o problema. Este tem sido meu principal objetivo, exigir sempre um pouco mais do que sei que eles já têm, mas que podem alcançar através do entendimento, da vivência e da reflexão.
As dificuldades existem. E são grandes. Uma escola grande, que precisa de uma organização, mesmo que isso signifique abdicar de tempo adequado para utilizar o espaço externo. Tenho aceitado o desafio de trabalhar os mesmos conteúdos fora e dentro da sala, quando necessário, e tem sido motivador para mim, e percebo que os alunos também se envolvem, mesmo desanimados com a privação espacial a que são submetidos durante as 4h de aula.A capacidade de saber ouvir e falar na hora certa é algo que, aos poucos, vejo que muitos já estão adquirindo, percebendo a importância do diálogo e dos questionamentos que surgem através dos colegas, daí a necessidade estar em silêncio momentaneamente para poder compreender aquilo que é sugerido/questionado/apontado. Na sala, isso tem sido marcante e tem me deixado muito feliz. Sou muito conservador mesmo e entendo que o silêncio é fundamental no ambiente de aprendizado, pois leva à concentração e à reflexão, porém não vejo isso ser prejudicial, afinal, por mais que sôe de acordo com o que se propaga todo o tempo, ao almejar degraus mais altos, dificilmente eles poderão sempre fazer o que quiser, sendo necessário reconhecer o momento de parar e respirar um pouco!
O primeiro contato com as turmas de treinamento, um público mais velho, mostrou um potencial de trabalho muito grande!! Já encontrei reproduções de uma lógica natural a quem está em contato com o esporte competitivo midiático: "Professor, quem ganha, fica!". Tratei da importância do momento do jogo coletivo formal como sendo fundamental na aplicação do que aprendermos durante os exercícios e de momento de compartilhamento de diferentes modos de jogar, já que mesmo que o objetivo ainda seja superar o adversário, este é o colega de equipe e ainda é a sessão de treino, ressaltando que o momento de buscar a vitória pelo título será outro. Aliás, muito breve, pois na quarta que vem já estarei levando os meninos da categoria Infantil para as disputas da fase municipal da Olimpíada Colegial...
Alguns pontos que achei importante abordar. Mais que comentários, peço humildemente que me questionem, me critiquem e me façam pensar também, o objetivo destes relatos é oferecer um espaço de debate da Educação Física Escolar. Abraços a todos!