sexta-feira, 28 de maio de 2010

Eu não me sinto alienado!

Falta pouco para começar a Copa do Mundo FIFA 2010. Em alguns dias, 32 seleções nacionais tentarão chegar ao mais importante titulo do mundo futebolístico. Todo o clima criado ao redor dessa reunião de varias línguas, costumes, tradições e historias traz a sensação de que o mundo pode ser melhor se esquecermos os problemas e falhas do ser humano pelos momentos de êxtase proporcionados pelos atletas durante as partidas.

Esquecer problemas e falhas? Soa como descaso e falta de compromisso social para um professor forjado e profissionalmente colocado em instituições estaduais de ensino. Espera-se dele maior força de mudança e iniciativas que possibilitem aos seus alunos a transformação do mundo em que vivem. Não se pode aceitar que este professor permita ser influenciado pela mídia e compre a ideia da Copa permitir a conciliação dos povos e a união das nações.

O complicado reside no fato de eu ter crescido num lugar chamado Brasil. Aqui se vive, come e dorme futebol todos os dias. Apesar de eu nunca ter sido dos maiores entusiastas quando menor, hoje sou um admirador ferrenho e não me envergonho disso. Durante os anos de faculdade, aprendi que posso transcender o simples torcedor apaixonado e vestir a camisa do admirador do jogo. Continuo acompanhando tudo o que diz respeito ao futebol... E ainda abri espaço para outras boas preferências esportivas.

Meu papel na escola também considera esta mudança de postura. Mas tenho me sentido meio fora de orbita durante as aulas, flutuando por cima dos alunos como se nada disso me atingisse... Agora que ficou mais latente, sinto que preciso ser mais humano, quem sabe...

Tenho algumas semanas para tentar observar essa nova-velha maneira de lidar. Vou começar revelando um pouco dessa paixão pelo futebol e pela Copa do Mundo (adoro mesmo, se fosse em algum programa de perguntas e respostas, escolheria responder sobre todas as Copas!), criar expectativas e tentar ver se desperto neles algum interesse comum. De minha parte, acho que faço o que posso e não estarei sendo massa de manobra.

2 comentários:

  1. Como você muito bem disse, o futebol se tornou moeda de troca para a imagem da paz no ambiente do esporte. Bom, também fruto desse lindo Brasil, sei que muitos não veem o esporte (seja ele qual for) nem ao menos como uma trégua à violência e às inúmeras formas de discriminação: haja vista, por exemplo, o papelão das torcidas em dia de jogo com as brigas e o dos próprios jogadores, simulando faltas inexistentes. Enfim, a idéia é boa: o esporte é o espaço onde todos dialogam da mesma forma (a tão sonhada língua internacional); mas isso é tão grande, mas tão grande, que muitos ainda não conseguem enxergar. Fazer o que, né? Parabéns, Freitas! :D

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  2. Pois é... Perceber isto é triste. Por isso que vou tentar garantir que o meu exemplo fique mais transparente: podemos gostar e torcer, mas não emburrecer! O esporte profissional vai além da paixão pelo clube e envolve coisas acima do nosso controle. Obrigado pelo comentário, Baroni!

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