Atualmente, tenho parâmetros reais para falar a respeito, pois até 2010 eu só acumulava experiência profissional junto a crianças e adolescentes. Atuando a maioria do tempo na escola, diria que a percepção dos papéis assumidos por mim e pelos alunos acabava sendo pré-formatada: o professor entra na sala, manda no pedaço por 50 minutos, vai embora e passa o bastão para o próximo.
Já tentei ser muitos professores diferentes: o legal, o militar, o legal, o que não dá conversa, o que dá bronca, o que dá conselho, o que propõe, o que impõe, o que explica, o que pergunta... Com as crianças, você varia muito sendo a cada momento alguém diferente. Ando mais próximo de um perfil de respeito: não grito, não agrido, não dou no meio de ninguém. Eu aguardo a atenção deles, espero o quanto for necessário, falo com calma, ouço as dúvidas, explico novamente o que não tenha ficado claro, combino os procedimentos e exijo que sejam cumpridos.
O contraponto é o trabalho no SESC. O público adulto representa algum desafio no sentido de uma personalidade formada e opiniões/visões a serem defendidas. É preciso reforçar a cada oportunidade a função que desempenho no espaço de aula, sanar os conflitos eventuais e tomar decisões quando necessário. Ainda sinto alguma dificuldade, mas tudo é uma questão de hábito.
Cá entre nós, ainda gosto mais das crianças que sempre estão esperando a próxima proposta para entrarem com tudo no jogo... Tem vezes em que o adulto simplesmente não se entrega como poderia e frustra o professor em seu desejo de oferecer algo a mais. Abraços a todos!!
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