quinta-feira, 20 de outubro de 2011

Sacando o voleibol I

É muito significativo para mim iniciar uma série de postagens sobre vôlei. Já estive do outro lado, como aluno nas aulas de Educação Física, e passei por maus bocados ao tentar participar deste esporte em outros tempos. Talvez fosse resultado de pouco interesse, talvez faltasse o incentivo e a atenção necessárias para adquirir o básico, fato é que ignorei o voleibol ao longo de meus tempos de escola. Corri para o futsal, sempre estive no basquete e arrisquei participações no handebol (como goleiro e ponta, às vezes), o voleibol não era uma das opções.

Marcou para mim o fato de nunca ter conseguido aprender nem mesmo a sacar direito, aquele saque chinfrim por baixo. Com o passar dos anos, fui deixando para lá e me dediquei de verdade às outras coisas. O voleibol só voltou a aparecer na minha vida durante a faculdade, afinal a formação em Educação Física exigia o básico na pedagogia da modalidade. E tive que tentar de novo, praticamente começar do zero.

Com alguma insistência, pude descobrir algumas coisas curiosas a respeito de minha maneira de jogar vôlei: que eu conseguia sacar com o braço esquerdo, tanto por cima quanto por baixo (alguma sequela de minha fratura no braço direito? Até hoje um mistério, mas já o faço com os dois braços atualmente), que minha experiência no futebol como goleiro ajudou a desenvolver o uso de braços e a prontidão em manter a bola no alto e, por fim, que eu era capaz de jogar vôlei desde que houvessem momentos de aprendizagem efetiva, com alguém observando o que eu fazia e me oferecendo um retorno para evoluir.

Quem diria que, anos mais tarde, eu assumiria duas turmas de vôlei como instrutor do SESC, inclusive uma que visa o aperfeiçoamento? Nem o mais otimista de meus amigos de infância imaginaria que eu estaria nesta posição hoje, ainda mais exercendo a função com tranquilidade, consequência de uma formação profissional que transformou a visão que eu tinha de esporte.

Dos esportes coletivos tradicionais, talvez o que reúna o conjunto de técnicas mais elaborado, uma vez que envolve o rebater. Rebater a bola em direção a um local com sucesso depende do posicionamento do corpo, da trajetória que a bola possui e a velocidade com que chega. Nada que uma metodologia preocupada em oferecer situações de envolvimento técnico-tático não consiga dar conta, mostrando que este esporte pode ser interessante sem precisar ser igual ao vôlei da televisão, espetacular no quesito estético, é só dar uma olhada no vídeo!


Retomo as postagens na próxima semana com o início dos trabalhos, partindo do movimento fundamental até o jogo formal, possibilitando ao aluno dar significado ao que faz com experiências significativas ao se movimentar. Abraços a todos!

3 comentários:

  1. O vôlei é um dos esportes mais dinâmicos que eu conheço. Estou feliz com o fato de você abordar esse tema no seu blog!

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  2. Vou me aventurar nessa modalidade, pela primeira vez colocando a prática em palavras escritas, veremos se ficará bom. Conto com as visitas para ajudar a desenvolver ainda mais essa metodologia. Obrigado pelo comentário!

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  3. Olá Guilherme.
    Postagem divulgada no blog Teia.
    Infelizmente não foi possível criar um projeto com conteúdo exclusivo educacional,pois, não encontrei mais ninguém que se disponha a criar postagens exclusivas,mas vou manter o blog "Teia Educacional" que será no mesmo formato do Teia, mas com divulgação apenas de blogs com conteúdo educacional.
    Vamos tentando né,uma hora dessas "nóis acerta"!!!rsrsr
    Até mais.

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