Uia, essa série está longa, bastante conteúdo, já chegamos na sexta postagem. Acredito que seja um reflexo da domínio motor mais complexo, então as situações de experimentação devem ser em abundância, sem falar na dinâmica inversa em relação às outras modalidades: enquanto o jogador de basquete procura reter a bola para que seu time atinja seus objetivos, o jogador de vôlei a todo momento envia a bola para a outra equipe, para o outro jogador...
Mais uma vez, vou me perdendo nas divagações!
A lapidação desta nossa sequência vai encontrar dois momentos hoje: jogos e exercícios para experimentar o ataque (conjuntamente ao saque por cima). Serei breve - na medida do possível ;) - ao abordar esta parte. Semana que vem, o posicionamento de rodízio e, por fim, uma sugestão de avaliação e outras referências para os interessados.
Aula 5 - Giba neles!
Pensando na escola, nunca tem bola para todos. A alternativa é criar materiais de fácil acesso quando preciso. Para essa aula, bolas de meia ou mesmo de papel dão conta, o ideal seriam bolinhas pequenas de borracha ou (sonho!) bolas de tênis.
- Para aquecer: em duplas (trios/quartetos/...), cada aluno deverá segurar a bolinha na mão e lançá-la ao próximo colega com o braço estendido acima da cabeça. Uso dos braços direito e esquerdo. O uso da bolinha visa facilitar o trabalho de coordenação do braço em extensão, importante para que sejam capazes de perceber o encadeamento de força tronco-ombro-cotovelo-punho-bola.
Videogame: Esse jogo eu conheci através de treinamentos feitos como instrutor do SESC com o professor Abel Ardigó. Vou adaptá-lo ao contexto da postagem, mas pode ser usado para outras aplicações, não só no vôlei.
Com a rede montada, serão colocados em cada metade de quadra 6 colchonetes (podem ser substituídos por demarcações de giz, tapetes, caixas), seguindo aproximadamente o formato das posições de rodízio. Os alunos serão divididos em duas equipes, lançando as bolinhas do fundo para acertar os alvos do outro lado da rede. A equipe que consegue acertar determinado número de bolinhas no primeiro alvo, tem o direito de substituir o alvo por um aluno, que deve receber a bolinha, e assim por diante, até termos 6 pessoas na quadra. Lembrando que o lançamento da bolinha deve ser especificamente com o braço estendido, como um ataque ou saque por cima.
Existem variações mais simples com o saque por baixo, com o toque ou manchete, tipos diferentes de bolas etc.
Outro jogo!
Paredão: Acredito que em algum lugar no espaço livre deve existir uma parede útil. Divida os alunos em duas ou mais colunas, de acordo com o tamanho da parede, ou ainda de acordo com o número de paredes disponíveis. Um a um, os alunos de cada coluna alternarão ataques da bola contra o chão de maneira a fazer com que ela bata na parede, voltando, enquanto o aluno da coluna ao lado dá continuidade. A coluna que erra o ataque (bate direto na parede, volta e cai antes da linha das colunas, bate para o lado errado), cede o ponto.
As variações consistem no movimento usado (que pode ser aquela rebatida inicial com uma das mãos, manchete, manchete antes de um toque, manchete antes do ataque) na bola ou ainda com alvos mais precisos: uma linha acima da qual a bola deve tocar a parede, uma linha que deve ser superada pela bola atacada etc.
A exploração desse movimento é um pouco mais complicada, o tempo da aula talvez não seja suficiente, mas os alunos que se interessarem já conseguiram algumas dicas para tentar.
Por hoje é só. Abraços a todos!
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