sexta-feira, 27 de abril de 2012

A transformação da didática

Saudações. Esta última postagem vem acompanhada de meus melhores momentos de reflexão, estes começam sempre quando o tempo vai esfriando. O calor não é minha preferência e me atrapalha bastante na criação e execução de ideias.

Aproveito esse profícuo espaço de reflexões e pensamentos para retomar o processo de ensino e aprendizagem nas aulas de Educação Física e sua característica de mudança. Supondo que o trabalho seja realizado junto a turmas de mesma série, normalmente faço um planejamento único, ainda que considerando as especificidades de cada grupo. É ao longo das atividades que percebo alguns pontos a serem corrigidos, aparando as arestas para a próxima sala. Quando inicia esta outra aula, a mesma coisa.

Professor para saber do que fala tem que se envolver!!!!!

Imagem do filme "Um Tira no Jardim de Infância - fonte: http://www.viceland.com/blogs/en/files/2011/08/kindergarten-cop-arnold.jpg

Até já comentei a respeito da transformação de um planejamento da primeira para a última turma, mas isto lida até mesmo com variáveis outras: quantidade de alunos, proporção entre os gêneros (tristemente, isso ainda é determinante, embora eu desejasse que não o fosse), material disponível, espaço utilizado...

Lembro que, dois anos atrás, eram seis quintas séries. A mais trabalhosa e agitada era a última da semana e o desafio de levar em frente as mesmas atividades me motivou bastante, mesmo que, por vezes, me frustrasse e precisasse recorrer a instrumentos não tão pedagógicos. No final, deu certo porque a coerência e a regularidade vencem impulsos e alternâncias.

Não sei muito sobre ser professor de Educação Física, sei apenas aquilo que já passei. O passado se tornou experiência e só consigo andar para frente quando me conscientizo do que já foi feito. Uma metamorfose ambulante, motorante, jogante, dançante, lutante... Abraços a todos, bom feriado e até a próxima!

sexta-feira, 20 de abril de 2012

Estímulo e evolução em jogo

Boas. Como podem observar, dei uma pausa nas postagens temáticas para escrever um pouco mais solto sobre alguns pensamentos. Prometo retomar a carga em maio!

Hoje, deixei o espaço reservado para algo que me fez pensar nesta semana. No SESC, trabalho com duas turmas de vôlei adulto: a primeira é Aperfeiçoamento, onde tenho pessoas que já dominam os fundamentos do jogo, envolvem-se adequadamente com a tática do esporte e apresentam bom nível de prática; a segunda é Iniciação, onde recebo todos os meses alunos de vivências variadas, uns que não tiveram grandes experiências na modalidade e outros que já dominam o jogo e procuram mais um espaço para praticá-lo.

Obviamente, existe uma situação de maior instabilidade na Iniciação, uma vez que é preciso conciliar diferentes níveis de habilidade e compreensão do jogo. Como uma parte da turma é renovada todos os meses, as situações coletivas acabam por gerar alguma impaciência nos alunos mais antigos que já se apresentam "iniciados" do ponto de vista do jogo. Os entraves para a continuidade destes alunos que já jogam voleibol na turma de Aperfeiçoamento estão na vacância pouco frequente (os alunos do Aperfeiçoamento são presentes) e no horário de início (18h30min).

No entanto, é muito interessante observar a renovação do interesse por parte daqueles que conseguem ascender da Iniciação ao Aperfeiçoamento. O aumento na complexidade das ações de jogo exige maior comprometimento e novas competências para a participação adequada. A combinação motivação-novidade é benéfica para o indivíduo e para o grupo, que tem sido renovado pouco a pouco.

Gostaria que todos os que reúnem possibilidades pudessem chegar a uma nova situação e tudo que nela se encontra para motivar-se, abrindo espaço para pessoas que queiram um ambiente mais homogêneo na hora de iniciar-se em uma modalidade esportiva. Não é fácil tentar aprender a fazer um toque com um cara do outro lado descendo bordoadas no ataque!

Fonte da imagem: http://bairroeducador.blogspot.com.br/2011/09/alunos-do-be-caju-visitam-uerj-e-se.html

E o papel do professor nessas situações? Mediar conflitos, resolver pendências, acompanhar a evolução, sugerir soluções, levar a refletir sobre decisões... Opa, somos muito importantes, não duvidem disso!

Reflexões dessa mente perturbada, porém, consciente, que continua tentando entender o fascínio que o jogo exerce para usá-lo no potencial máximo. Abraços a todos e até a próxima!

sexta-feira, 13 de abril de 2012

Em estágio de recepção, colaboração e reflexão


Saudações. Duas semanas conturbadas sem postagem em razão do fim dos módulos na pós e do feriado, que ninguém é de ferro.

Foi produtiva essa parada para me dedicar à compreensão das práticas pedagógicas que escolhi até o momento. Como voltei a trabalhar com os sextos anos em 2012, tive de relembrar um pouco de 2009 e 2010. Mudei o que entendi ser importante e achei caminhos bons, enquanto outros se mostraram errados ou em momentos errados.

Aqui, tem sido muito importante a presença das meninas que estão em estágio nas minhas aulas. O papel delas, mais do que auxiliar na organização dos alunos e atividades, função minoritária, vem sendo questionar e me levar a pensar em outras maneiras de conduzir as aulas.

Não é tanto, mas já são quase cinco anos desde o término da licenciatura e dois anos fora da universidade. A vinda das meninas reavida as ideias e colabora na revisão de conceitos e formas de fazer, porque o que me parece adequado e inquestionável pode ser dúbio e incompleto perante uma mente em constante atividade.

Para fins de registro, a dinâmica das capacidades físicas que desenvolvi nesta semana que termina requisitava dos alunos a compreensão do tema e elaboração de atividades. Tentei em grupo, fora da sala e dentro da sala, ao longo das aulas. Na quarta-feira, foi tudo bem diferente: resolvi explicar novamente os conceitos e pedi que criassem a atividade individualmente, reunissem suas criações por capacidade física e, enfim, escolhemos as mais interessantes para servirem de exemplo.

Apareceram mais opções, com maior participação, maior ligação com a proposta de jogos participativos e menor desorganização. A maturidade de considerar que ensinar e aprender são processos contínuos vem com o tempo, mas nunca deixa de nos surpreender. Do mesmo modo, a humildade de reconhecer opções erradas só oferece benefícios quando usada para seguir em frente.

Meus agradecimentos a Dani, Nádia e Rosana, as estagiárias, obrigado pela ajuda e pelas reflexões. Abraços a todos e até a próxima!
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