Aula 3 - Os meios e modos de luta
Após um momento de prática que tinha como objetivo facilitar a assimilação de uma pedagogia baseada em jogos de oposição, podemos trazer mais informações para a discussão. Fazer alguns questionamentos sobre aquilo que já sabem é bem rico, pois eles percebem que apropriaram conhecimento e podem saber mais a respeito. Pergunte como podemos saber que uma pessoa pratica alguma luta só olhando para ela, pergunte também como é o lugar onde acontecem os treinos ou aulas de lutas e o que eles fazem nestes lugares. Daí já fica fácil tirar três possíveis assuntos: Vestimentas, Local e Organização Prática.
Vestimentas: como praticante, cada pessoa veste uma determinada roupa de acordo com a modalidade. No caso de grande parte das lutas de origem japonesa, a roupa consiste em uma calça e casaco brancos, um conjunto chamado de "GI" (lê-se GUI). Em outras, apenas uma calça ou calção sinalizam a luta praticada, nos casos do boxe e capoeira. Mas há casos como o da esgrima e do tae kwon do, onde além de caracterizar a modalidade, a vestimenta possui função protetora. Ocorre também o uso de uma faixa ou cordão que demonstra o conhecimento do lutador na modalidade, onde cada cor é uma etapa na qual ele precisa cumprir certos requisitos para continuar sua evolução no aprendizado da luta.
Karate gi - popularmente chamado de quimono
Aqui, atletas de Tae Kwon Do com a vestimenta adequada e usando também equipamentos de proteção na cabeça e no tronco (existem também protetores para os pés e luvas para as mãos).
Na capoeira, a calça é confortável o bastante para permitir movimentos amplos com as pernas. Na cintura, o cordão representa a experiência do capoeirista e o domínio que ele possui na modalidade.
Local: Novamente, a diferença entre briga e luta vale para que os alunos consigam identificar os lugares corretos. Após algum direcionamento, eles logo chegam à conclusão da importância que o local escolhido para a prática de lutas possui para os lutadores. Vale observar o respeito dos caratecas pelo dojô e a organização harmoniosa construída pela roda de capoeira. Quando esportivizadas, cada luta determina qual será o espaço e seus limites, assim como eventuais punições a quem o abandone. A título de informação, vale também citar a ocupação do espaço, que usa o mestre ou professor como referência à frente dos outros praticantes e distribui os lutadores de acordo com seu nível de conhecimento.
Na grande maioria das lutas orientais, o local onde a luta é praticada - dojo em lutas japonesas, dojang no tae kwon do e kwoon na China - merece muito respeito e nele não se pode pisar calçado ou entrar e sair sem prestar reverência.
Numa roda de capoeira, todos se envolvem com a atividade, pois enquanto dois lutam na roda, o restante toca instrumentos, bate palmas e canta as letras, observando e incentivando os colegas de atividade.
Organização Prática: aqui, vale questionar se acham que as lutas são apenas combates entre os praticantes ou se é necessário algum tipo de preparo. Assim, exemplos como o caratê, onde os lutadores dão início ao treino comprimentando o sensei (mestre), realizando exercícios de aquecimento e alongamento, passando aos exercícios de bases, golpes e defesas chamados kihon, sequências combinadas de movimentos chamadas de katas e, por fim, lutas com colegas chamadas de kumite, são ótimos para que eles entendam o funcionamento de uma atividade de lutas.
O referencial teórico fica para a última parte, com sugestões de textos, livros e filmes relacionados. Abraços a todos, até a próxima, não esqueçam de discutir comigo nos comentários, as participações são sempre bemvindas!
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