segunda-feira, 12 de março de 2012

ConJOGANDO o esporte no plural IV



Minhas desculpas pela ausência da postagem de sexta-feira. Sabe como é, blogueiros também tem vida social... Fui a um encontro de colegas de turma da faculdade que moram em São Paulo. Sempre bom rever os amigos!

Mas os trabalhos dobrarão nessa semana para entrar em fase. Hoje o olhar será depositado sobre uma característica divisora de águas, talvez mais uma intenção que uma característica. A competição e a cooperação em jogo.

Aula III - Competir e Cooperar

Esses termos podem ter aparecido em algum momento da vida dos alunos, mas a construção desse conceito e o uso consciente de situações que indicam o que prevalece pode tornar a sua maneira de participar de uma atividade diferente do que era antes.

Quando o indivíduo entende que competir e cooperar coexistem e mesmo cooperando existe desafio e superação, além daquela sensação danada de boa de alcançar uma meta, vai ter outras ferramentas em que se basear para participar de qualquer jogo.

Comece justamente questionando esses conceitos, contextualize dentro e fora da área da Educação Física, será uma discussão bem rica. Um sucesso de público e crítica é a pergunta final: vocês preferem COMPETIÇÃO ou COOPERAÇÃO? Aposto e ganho que os fominhas vão berrar que preferem competir. Aí você pode aplicar o contra-ataque: a presença da cooperação nos esportes coletivos, inclusive no amado e idolatrado futebol. Pronto, mentes mais abertas, vamos á prática.

A seleção de atividades foi pensada para demarcar território entre os dois conceitos e também permitir a expressão de ambos em conjunto. Seguem as sugestões:

1 - Queimada Ameba: mais uma daquelas que sempre são cartas na manga. Sucintamente, essa queimada é jogada individualmente (cada um por si) em todo território de jogo. Com uso da bola, um jogador procura queimar outro. Os queimados devem se abaixar e permanecer no lugar (amebas) até serem tocados ou conseguirem a posse da bola, assim retornando ao jogo.

--> Mente aberta a todas as possibilidades dessa atividade. Mais bolas, "amebas" podem ou não deslocar-se, jogadores tocados pela "ameba" tornam-se "amebas"... Outra coisa interessante que costuma acontecer: jogadores passam a bola às "amebas", que retornam ao jogo. Cooperação e Competição, onde estão?

2 - Travessia: com pequenos, vale uma condução historiada de uma travessia de um oceano profundo, povoado de monstros e só se pode pisar nas boias (bambolês). Como meus sextos anos são bem crescidinhos (mais do que a gente espera...), fui no concreto mesmo. Divida as equipes, estas receberão um número de bambolês correspondente a no máximo a metade do número de integrantes da equipe (oito pessoas = 3 ou 4 bambolês). Não instrua nada, só peça que eles atravessem o espaço determinado sem pisar fora dos bambolês.

--> Às vezes, demora, mas eles percebem que precisam ouvir os colegas, pensar em conjunto. A colocação dos bambolês, distância entre cada um, possibilidades dos colegas de equipe, ajuda para equilibrar-se sem pisar fora do bambolê. Mais situações para discutir! Veja se ao final eles conseguem fazer antes e comemoram porque chegaram primeiro, será que alguém falou que era uma competição contra as outras equipes?

Duas breves possibilidades. Existem outras muitas, basta ir a alguns sites de jogos cooperativos, mesmo sites com vídeos, também pode-se marcar situações de competição excludente por estafetas de habilidades (acertar a bola na cesta, driblar cones sem encostar em nenhum, acertar cones, pular corda). Bom trabalho!

Na sexta, não faltarei. Prometo a sequência dos estudos, agora indo em direção aos elementos do esporte coletivo e individual. Abraços a todos e até a próxima!

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Ficarei feliz em ler sua opinião, seu comentário ou sua reclamação a respeito do meu post! Responderei assim que for possível e aqui mesmo nos comentários. Obrigado por participar e ajudar a construir a LUDocência!

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...