domingo, 1 de julho de 2012

Driblando a "boleiragem" no futsal VI


Eu sei, eu sei... Está largada minha série sobre futsal, justo aquela que eu estava esperando dar mais conta do recado!

Mas entendam os afazeres desse profissional atualmente vinculado a dois trabalhos em cidades diferentes, mas com demandas intensas. A boa notícia é que estarei em período de férias até a terceira semana de julho, muito tempo para fechar essas postagens e já iniciar uma série breve para completar o mês de julho.

Hoje chute ao gol e goleiro!

1 - Paredão

Para aperfeiçoar e habituar o controle do corpo para executar chutes ao gol, nada melhor que um adversário duro na queda: a parede. Com a mesma força que eu chuto, ela devolve, de acordo com o posicionamento e direção da bola. Se puder, ofereça bolas a todos para experimentar chutes rasteiros, de média altura e altos. Se o material é escasso, divida os alunos em colunas para cada bola. O primeiro executa um chute, volta o fim da fila, enquanto o próximo busca chutar a bola em direção à parede. Com a prática, pode se transformar em um jogo bacana, atingindo o objetivo de 10 bolas em sequência, por exemplo.

2 - Gol a Gol

Clássico para quando a galera ainda está chegando para bater bola, adaptamos para colocar todos no jogo. Divida duas equipes e demarque duas linhas (ou use as da quadra, como a de fundo do vôlei ou mesmo a de fundo do futsal, sem considerar as traves). Os alunos se posicionarão na sua metade de quadra para impedir que o adversário consiga fazer a bola ultrapassar a sua linha, chutando e direção ao gol do oponente. Se começar a briga porque um chuta mais que o outro, pode ser definida uma ordem que só se repetirá quando todos tiverem chutado.

3 - Resgate

O curioso desse jogo, que eu já uso para bastante coisa, é que aprendi com os alunos em uma aula de futsal. Somei ao meu repertório e alguns anos depois ele apareceu em uma clínica de vôlei. Funciona de modo semelhante à queimada, com a diferença no objetivo: aqui, o jogador que está do lado oposto da sua equipe tenta enviar a bola para um colega por meio de um chute. Quem recebe, deve segurar a bola sem deixar que ela toque o chão. Se consegue, sai da quadra e serão dois chutadores para "resgatar" o restante da equipe. Depois podem rolar umas variações na maneira de chutar e recepcionar, de acordo com as intenções da aula.


A questão é onde está o chute ao gol? Acho que é apenas uma consequência, construir um movimento que permita alcançar a meta vem antes e aqui todos tem mais espaço para ir adquirindo maior consciência do uso do chute para marcar gols. Podem rolar umas dinâmicas mais tecnicistas, com chutes ao gol, desde que o foco seja dividido para que o desempenho não sobrepuje a experiência.

E se você ainda se perguntar onde raios está o goleiro nessas atividades, ele cabe em todas: no paredão, pode-se alternar um chute com uma defesa do próximo jogador ou ainda o goleiro de frente para a parede enquanto os outros chutam na parede; no gol a gol, pode-se permitir ou não o uso das mãos; no resgate, o posicionamento em relação à bola já desenvolve alguma habilidade de goleiro. Sugestões de encaixe do goleiro feitas pelos alunos também devem ser ouvidas.

Que pena ter atrasado tanto, espero que não tenha perdido o fio da meada... Farei mais uma postagem ainda sobre futsal para então escrever duas breves postagens sobre projetos de gincana e outros eventos na escola, relatos de experiência.

Abraços a todos e até a próxima!

Um comentário:

  1. Esse do resgate eu já havia brincado alguma vez lá pelos meus 13 ou 14 anos, mas não lembrava do nome!

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