sexta-feira, 7 de dezembro de 2012

Retrospectiva 2012 - parte 1

Boas! Para encerrar mais este ano, as tradicionais postagens para relembrar realizações, objetivos alcançados e algumas frustrações no campo profissional. Em 2012, as experiências se mantiveram semelhantes ao ano anterior, SESC e escola. Poderia acrescentar o início de meu trabalho voluntário junto ao 309º Grupo Escoteiro do Ar Anhanguera, mas este ainda deu os passos iniciais, sem grandes relatos.

Em geral, foi um bom ano para mim, mesmo que alguns planos importantes não tenham vingado ou eu não tenha conseguido desenvolver todas as ideias de forma plena. Fiz cursos, me aprimorei, apliquei ideias e pude diversificar as experiências sem abandonar as raízes do jogo (afinal, essa é a principal motivação deste blog, continuar buscando uma metodologia completamente baseada no jogo como conteúdo e ferramenta).

Teria muito mais a contar se deixasse a atividade profissional de lado e pesasse mais minha vida pessoal. Frustrar-se faz parte da vida e regozijar-se dos sucessos é motivante! Encontrar amigos, estar perto de quem a gente gosta... Isso faz falta.

Mas sem lamentações, por ora. Vamos esperar mudanças para o ano que está chegando. Na próxima semana, o início dos relatos deste ano que promete não terminar, segundo as previsões...

Abraços a todos e até a próxima!

sexta-feira, 30 de novembro de 2012

Ausência justificada

Olá a todos!

Sei que fiquei ausente por mais de um mês do blog, nada de novidades, mas tudo tem motivo.

Recorri a este mês para conseguir finalizar o texto de meu trabalho de conclusão de curso (TCC) para o título de Especialista em Educação Física Escolar, cujo tema foi o handebol, exigindo uma boa dedicação. Além disso, também realizei outros dois cursos à distância: Aula Interativa e Informação e Opinião na Contemporaneidade.

Muito legal a experiência de continuar me aprimorando através da internet, mas o compromisso foi grande e achei que não fosse dar conta! Felizmente, tudo terminou bem e hoje enviei a última versão do texto!

Logo postarei a tradicional série de retrospectiva anual de minha atuação profissional. Em 2013, esperemos por novidades.

Abraços a todos e até a próxima!

quinta-feira, 25 de outubro de 2012

Projetando novas ideias - recordar é viver!

   
Sei que essa série estava encerrada, mas só estou retornando para fazer algumas reflexões a respeito do que vi na minha escola durante II Semana Cultural - Cidadania e Tecnologia!

Pessoalmente, não confiava que a proposta fosse envolver os alunos, uma vez que conciliava um tema geral, além de uma divisão das turmas entre os estados brasileiros. A confusão de conteúdos a serem organizados e apresentados era uma preocupação que não se confirmou. Obviamente, foi necessário um esforço no sentido de delimitar grupos de trabalho para cada uma das expressões artísticas - dança típica do estado, dança livre, show de talentos, paródia musical e teatro -, com uma prévia das atividades em grupo e escolha voluntária entre as opções de participação.

Sempre há aqueles que não se identificam com nada e preferem ficar alheios ao processo, mas a participação na construção inicial torna todos minimamente hábeis a respeito das temáticas e capazes de auxiliar quando um participante se ausentasse, por exemplo.

Foi gratificante observar o desempenho da sala na qual sou professor representante. A participação foi qualitativa em todos os quesitos, ainda que eu só tivesse duas aulas por semana para os ensaios e conversas. Curiosamente, esta mesma sala abriga problemas de aprendizagem e indisciplina diversos, complicando o ambiente de sala de aula cotidianamente. Nesta semana que se passou, vi uma outra turma.

Nem preciso argumentar mais a favor desses eventos artísticos-culturais. Para o próximo ano, já pensamos em oferecer mais alternativas que incrementem as apresentações, além de gerar expectativas benéficas. Vale a pena apostar as fichas em algo diferente, desde que todos participem com afinco!

 

Abraços a todos e até a próxima!

sexta-feira, 19 de outubro de 2012

Mãos em jogo - propostas no handebol VI

Acumulou entrega de trechos do TCC, atividades de outros cursos e depois o feriado. Só não dá pra deixar a série sem um ponto final adequado!

O exercício de pensar em possibilidades para chegar a um jogo melhor e mais organizado trouxe novas ideias, mas não pode estar distante de referências e estudos relacionados. Também teremos um pouco disso nesses instantes finais, incluindo algumas impressões que compartilho na iniciação esportiva.

Como recurso durante o jogo, sim. Como regra formar "barreira", não!

É comum observar o ensino do handebol nas escolas com uma orientação clara: o time perde a bola e deve voltar para formar uma barreira, uma aproximação do sistema 1-6-0 (um goleiro, seis defensores em linha. Para mais sobre organização tática em esportes coletivos, clique aqui). Discordo desse comportamento de "barreira", afinal a decisão de defender desta ou daquela maneira é própria do jogador e sua formação deve atender a necessidade de desenvolver essa percepção. Durante minha formação e em outros estudos, algo que ficou é a preocupação de ensinar a defender nos primeiros anos de prática esportiva. Para definir as formas e meios de defender, vale lembrar os princípios operacionais do esporte coletivo como norte. Novamente, a série sobre Estudo dos Esportes Coletivos vale a consulta!

Como em qualquer esporte coletivo, a defesa pode ser feita de maneira individual e por zona. Na defesa individual, cada defensor é responsável por acompanhar um atacante. Na defesa por zona, cada defensor é responsável por um setor da quadra defensiva, devendo exercer marcação sobre os atacantes que permaneçam em sua zona de atuação. Marcar individualmente é um exercício de responsabilidade intenso, exige tomadas de decisão constantes em relação ao adversário, mas o desgaste físico é alto. Marcar por zona permite um maior controle do espaço, incute o retorno defensivo, porém precisa de uma base sólida no comportamento defensivo para não termos aquelas "barreiras", inconcebíveis na atual conjuntura esportiva. As opções de defesa por zona são 6:0, 5:1, 3:3, 4:2, opções feitas pela própria equipe, além de organizações que combinam zona e individual.

No ataque, especializar nessa etapa do ensino do handebol não tem validade. Cabe estimular diferentes papéis (sejam eles as posições ponta, armador e pivô) para desenvolver capacidades e tornar o aluno conhecedor de todas as situações ofensivas possíveis. Conforme o aprofundamento e amadurecimento das ideias (permitindo um jogo mais elaborado do ponto de vista tático), lá pelo 13 ou 14 anos, aí podemos apresentar sistemas ofensivos: 3:3, 4:2, 5:1, 6:0 (novamente, a primeira linha sendo a mais próxima da defesa, assim, o sistema ofensivo 3:3 tem 3 jogadores na primeira linha de ataque, armadores,  e outros 3 na segunda linha, sendo dois pontas e um pivô).

Referências

Pedagogia do Handebol - site desenvolvido pelo Prof. Lucas Leonardo com muitos artigos que discutem o aprendizado, ensino e desenvolvimento da modalidade sob a perspectiva de uma formação completa e embasada em estudos acadêmicos e práticos. Vale uma consulta aprofundada e perder algum tempo nas interessantes leituras!

KROGER, Christian; ROTH, Klaus – Escola da Bola - 1. ed. São Paulo: Phorte, 1999

REVERDITTO, Riller Silva, SCAGLIA, Alcides José. Pedagogia do Esporte: Jogos Coletivos de Invasão. São Paulo: Phorte, 2009

sexta-feira, 28 de setembro de 2012

Mãos em jogo - propostas no handebol V

Normalmente, o conhecimento sobre o handebol apresentado pelos alunos do Ensino Fundamental é muito superficial. Para quem jamais teve a oportunidade de jogar ou mesmo assistir uma partida, saber que nele usamos as mãos em detrimento dos pés, por exemplo, não é suficiente para que consigamos apreender toda a dinâmica de possibilidades permitida por essa modalidade.

No handebol, a situação de drible é menos usual pelo tamanho e característica da bola. A maior ocorrência dentre os movimentos de jogo recai sobre o passe. No entanto, este é feito de forma objetiva, ofensiva e buscando a melhor oportunidade de finalizar em gol. Para tanto, combinamos os passes com o número de passos permitido quando de posse da bola. 

Tenho a bola, e agora? Melhor continuar me mexendo!

O chamado RITMO TRIFÁSICO difere do basquete na contagem de passos: enquanto o jogador de basquete pode movimentar um dos pés livremente se mantiver o outro no lugar, o jogador de handebol deve estar consciente de que qualquer mobilidade além do permitido será penalizada. Da mesma forma, precisa garantir que seus três passos sejam bem utilizados taticamente. Ainda, é possível o DUPLO RITMO TRIFÁSICO: o jogador recebe a bola, executa os três passos, dribla e realiza mais três deslocamentos de posse da bola.

Não existe uma forma correta ou uma ordem a ser aprendida de executar o ritmo trifásico, assim, estimula-se o jogador para que se desloque com qualidade e objetividade nas suas ações em jogo. A questão: como? Vejamos algumas possibilidades... Ah, sim, isso tudo pensado para um jogo mais organizado também!

Aula 4 - Ritmo Trifásico e Organização Tática

-  Apropriação das regras de deslocamento: proponha o jogo livre, sem qualquer intervenção prévia sobre regras, cobrando apenas o respeito ao espaço da área dos goleiros e a saída da bola nos limites da quadra.

Cabe ao professor a observação de situações nas quais possa colocar os alunos para refletir sobre a organização do jogo e incentivar a proposição de novas regras: alguém está ficando mais com a bola do que os outros?  Vocês acham justo que um jogador possa andar a quadra toda de posse da bola? Permanecer tanto tempo com a bola não é arriscado em algum momento?

-  Alerta ao Ataque: o grupo é dividido em duas equipes iguais, os jogadores numerados de forma a fazerem par com um adversário. O início do jogo se dá com um jogador com a bola no centro da quadra e cada equipe posicionada em meio círculo. Ao lançar a bola ao alto, o jogador dirá um dos números correspondente a um adversário. Este deverá buscar recepcionar a bola, ao mesmo tempo que grita ALERTA!

Enquanto a bola viaja, os adversários deverão se posicionar defensivamente para proteger o cone colocado dentro da área do goleiro. A equipe que ficará com a bola também poderá se mexer, mas todos deverão permanecer no lugar após o grito de ALERTA! A partir do recebimento da bola por parte do jogador correspondente ao número chamado, ele poderá executar três passos e passá-la a um companheiro ou arremessá-la em direção ao cone, se assim entender conveniente. A defesa pode movimentar a parte superior do corpo sem modificar sua posição na quadra, tentando bloquear passes e arremessos.
Variações: maior número de cones; cones em lugares variados da quadra; arremessar em gol; os dois jogadores de mesmo número disputam a posse da bola.

- Bola ao Pivô: duas equipes, sendo que um jogador ficará dentro da área adversária como pivô. Ao possuir a bola, a equipe deve passá-la até o pivô para marcar um ponto.
Variações: pivô não pode se deslocar; pivô se movimentando dentro da área; maior número de pivôs; restrição de passos com a bola na mão; maior número de bolas em jogo; um pivô de cada equipe dentro de cada área.

Encerro a série na próxima semana com algumas referências para maior aprofundamento. E já será outubro, o que trazer para conversar aqui no LUDocência? Abraços a todos e até a próxima!

sexta-feira, 21 de setembro de 2012

Mãos em jogo - propostas no handebol IV

Acho que a missão vai ser difícil, posicionamento é tudo!

Boas! Acompanho sempre os acessos ao blog pelo Feedjit.live e tem muita gente que busca termos como "quadra de handebol", "posicionamento dos jogadores de handebol", dentre outras possibilidades semelhantes. Imagino que sejam estudantes querendo estas informações, talvez incentivados pelos seus professores de Educação Física. Mas em que saber as medidas da quadra ou nomes das posições vão ajudar no desenvolvimento de uma prática melhor?

O movimento deveria estar direcionado para aprender a jogar e reter informações como essas são um pano de fundo para outros momentos, jamais deveriam ser uma justificativa para atribuir nota ou servirem como trabalho para quem estuda a modalidade. Atribuo importância ao conhecimento da origem social e histórica de cada esporte, pois sua compreensão permite ir além na prática, mas cobrar minúcias no ensino do esporte é bobagem!

Hoje vamos aos gols! Jogo cheio de tentos para todos os lados e com tantas possibilidades, já que as mãos executam movimentos diversos, vamos estimular o arremesso e também incentivar o mais ingrato dos jogadores, o goleiro!

Aula 3 - Arremessos em gol e o goleiro

A princípio, os arremessos podem ser executados de três maneiras:

Apoiado

Suspensão

Queda

Mas a criatividade... ahh, deixe sempre o cara livre para inventar!

Bom, mas falando de atividades para trabalhar arremesso, tudo fica na base de jogos. A motivação será outra se comparada a uma atividade de estafeta em que os alunos esperam pela sua vez e arremessam em gol.

- Videogame: para facilitar os ajustes, use meia quadra para cada equipe (duas equipes). O jogo consiste na passagem da bola entre os jogadores, chegando ao próximo posicionado perto da linha de sete metros, o qual deverá acertar o alvo da vez.


A bola sai da ponta esquerda, sendo passada de jogador em jogador até chegar no arremessador, que segue a seguinte sequência:
1. Cone da esquerda
2. Cone do centro
3. Cone da direita
4. Cone no centro do gol
5. Cone ao lado da trave esquerda
6. Cone ao lado da trave direita

Cada tentativa é válida somente se for executada na ordem correta. Caso o arremesso falhe, o arremessador recupera a bola e passa para o jogador localizado na ponta esquerda. Todos executam um rodízio em direção ao passe. Vence quem cumprir todas as etapas.
Variações: Usar duas bolas para acelerar o passe e arremesso; Incluir outros alvos (arcos, caixas, coletes pendurados na trave); incluir obstáculos para driblar antes de passar a bola; cone deitado exigindo um salto por cima do mesmo, executando arremesso em suspensão; colchões para fazer o arremesso em queda; usar outro espaço para incluir maior número de equipes.

Para o sofrido goleiro, vamos incluir um exercício que estimula o uso de pés e mãos na interceptação da bola

- Barreira: cada equipe divide-se em três linhas, sejam elas uma linha de goleiros, uma linha de meio e uma linha de ataque. A linha de defesa se desloca sobre a linha da área, a linha de meio sobre a linha de 3 metros    do voleibol (por exemplo) e a linha de ataque na linha de funda da quadra de voleibol. 
Observação: a ocupação das linhas pode variar de acordo com o tamanho da quadra, para criar outras distâncias, basta desenhar com giz.


O objetivo é marcar gols do lado oposto e impedir a marcação de gols adversários. Para tanto, a interceptação da bola pela defesa poderá valer-se do corpo todo, com restrição de deslocamento entre as linhas de cada barreira. Caso a bola permaneça em uma região neutra, um jogador da defesa tem preferência em recuperar a bola e passá-la, desde que o faça na linha a que pertence. No caso de gols, as barreiras devem trocar de lugar, no sentido defesa --> ataque.
Variações: permitir todo tipo de passe; passes quicando no chão; a bola passa por todos de cada barreira antes de ir ao ataque; as linhas de ataque também podem jogar nas linhas laterais; os arremessos devem ser apoiados; os arremessos devem ser em suspensão etc.

Guardei a questão do ritmo trifásico para a última postagem de atividades. Vamos construir essa regra importante junto com os alunos para evitar aquela situação de vê-los contando UM, DOIS, TRÊS durante o jogo... Também vamos falar um pouco da tática no jogo e como ensinar.

Abraços a todos e bom final de semana, até a próxima!

quinta-feira, 6 de setembro de 2012

Mãos em jogo - propostas no handebol III

O estudo de uma modalidade coletiva não tem muito segredo quando entendido a partir das relações dos elementos presentes: o jogador, a bola (implemento), companheiros de equipe, jogadores adversários e o espaço de jogo (incluindo os alvos). A complexidade aumentando conforme o desenvolvimento do tema!


Foi assim quando tratamos de basquete, vôlei e futsal, não será diferente no handebol! Mas vamos trazer algumas novidades para agitar e motivar ;) A única ressalva que faço é com relação à aplicação das regras específicas da modalidade oficial. Muitas vezes é nesse preciosismo esportivo que uma modalidade não cai no gosto das pessoas, o envolvimento inicial morre na cobrança exagerada de aprender que só são permitidos três passos ou não se pode nem pisar a linha da área!

Aula 2 - Passe e Drible

Embora as situações não fiquem assim tão separadas, vamos explorar possibilidades em passar e driblar no handebol.

- Donos da rua: 

Organização - dividir um espaço com uma linha central. O grupo é dividido entre pegadores, postados na linha central do campo de jogo, e atravessadores, localizados nas extremidades do campo, sem uma proporção fixa: mesmo número, superioridade, inferioridade, um contra todos... 
Desenvolvimento - A metade de cada lado deve tentar passar pelos pegadores com a bola dominada (segura nas mãos ou em drible). Permitir a criação das estratégias que forem consideradas mais adequadas para tentar superar os pegadores do centro e chegar ao lado oposto, o ao que deverá ser devolvida a bola com um passe.
Variações - O jogador que tenta atravessar é interceptado (tocado) e deve retornar ao local inicial; O jogador tocado troca de papel com o pegador; A bola pode ser passada, sendo que somente o jogador em posse da mesma poderá tentar atravessar e/ou ser pego; A travessia só pode ser realizada por meio do drible; O passe que devolve a bola deve ser feito no alto; O passe que devolve a bola deve ser feito com um quique no chão; O pegador que conseguir interceptar a bola troca de papel com o último a tocá-la; aumentar o número de atravessadores; aumentar o número de pegadores, dentre outras possibilidades.

- Bola no pivô

Organização - em espaço delimitado, determinar duas áreas restritas onde somente um jogador poderá permanecer. Duas equipes serão divididas e iniciam o jogo do lado oposto ao seu representante isolado na área (pivô).
Desenvolvimento - A equipe com a posse da bola busca trocar passes para que o pivô a receba, marcando um ponto. Os jogadores podem se movimentar por todo o espaço da quadra, com exceção às áreas restritas. A determinação de proibições no jogo pode ser feita no desenrolar da atividade, de acordo com situações que exijam uma reflexão por parte dos jogadores.
Variações - Os jogadores não podem se deslocar com a posse da bola; os jogadores podem se deslocar por meio do drible; só será permitido deslocar-se por meio do drible e segurar a bola uma vez; exigir determinado tipo de passe; permitir todo tipo de passe; o jogador com a posse da bola pode executar um número de passos; o pivô permanece sobre um local elevado como banco, cadeira, medicine ball (maior precisão); aumentar o número de pivôs, dentre outras possibilidades.

Equipes dispostas, Vermelho com a posse da bola objetiva trocar passes para que a bola chegue ao seu pivô, localizado dentro da área, Azul tentando recuperar a bola e impedir que chegue ao pivô adversário

O importante é que a definição dos movimentos citados na aula anterior apareça. A determinação do que pode ou não pode através dos fundamentos básicos de jogo será coletiva e situacional, conforme aparecerem nos jogos. Por meio de variações, uma das atividades poderia ser explorada por uma aula inteira sem que se extinguissem as possibilidades. Neste momento, vamos reservar o foco e deixar alguma lenha para queimar nas próximas postagens!

Volto na semana que vem com a continuação da série. Bom feriado a todos, abraços e até a próxima!

quinta-feira, 30 de agosto de 2012

Mãos em jogo - propostas no handebol II

Agora, do começo. Relembrando, me espanta que uma modalidade tão empolgante fique restrita ao espaço escolar como prática esportiva. Ao handebol, precisamos ceder mais espaço e maiores possibilidades de apropriação por parte dos alunos. Nesse caso, vale mais permitir que eles entendam e encontrem a forma de jogar do que simplesmente transmitir um conjunto de "jeitos de fazer" tidos como eficazes. A noção de eficácia de cada um é que o permite envolver-se ou não pela atividade!

Primeiro, uma daquelas vivências orientadas de que gosto, seguindo a diagnóstico de impressões a respeito e um quadro informativo.

Aula 1 - Conhecendo o handebol

O lance é experimentar. Que bolas você tem disponíveis? Legal que sejam pequenas, possam ser empunhadas (seguras apenas por uma mão) e quiquem, mas nem tanto. Se estiver difícil, adapte bolas de meia, quebram o galho!

Atividade: Proponha trocas de passes e arremessos em direção ao alvo - será que eles sabem que no handebol se faz gols? Não se surpreenda se alguns tentarem cestas na tabela de basquete!

Agora, uma conversa: Quem já jogou handebol? Pode explicar como é? Parece com algum esporte que vocês conhecem? Quais as semelhanças e diferenças? Quantos jogadores? Já viu esse esporte na televisão?

Com alguns esclarecimentos básicos, vamos fazer a construção daquele quadro informativo que uso para as modalidades coletivas. Como sugestão, e se for possível, trabalhe com os alunos a pesquisa a respeito dessas informações. No meu caso, eles apresentam dificuldades absurdas na seleção e interpretação de dados contidos em textos.

Atividade: Em texto previamente selecionado/elaborado ou por meio de pesquisa na internet, os alunos deverão encontrar as informações que completam o quadro a seguir:


HANDEBOL
Significado do nome oficial =
Origem =
Objetivo =
Movimentos fundamentais = 
Regras básicas = 
Quadra de jogo =

Minha vez, minha vez, posso responder a primeira na lousa?!
Significado do nome oficial = "hand" significa MÃO e "ball" significa BOLA.

Origem = na Alemanha, pelo professor Karl Schelenz, em 1919 (Wikipedia)
Objetivo =Arremessar a bola com as mãos fazendo com que ultrapasse a linha de fundo no espaço delimitado pelas metas.
Movimentos fundamentais = Passe, Arremesso, Empunhadura, Ritmo trifásico, Finta, Drible

Regras básicas = Duas equipes de 7 jogadores, sendo um deles o goleiro. Deve-se usar as mãos para tentar marcar gols. Somente o goleiro pode permanecer dentro de sua área e ele pode defender com qualquer parte do corpo.
Quadra de jogo =

Para começar, até que está razoável. O final dessa primeira dinâmica de aula pode conter um vídeo com algumas belas jogadas de handebol ou mesmo trechos de partidas, tudo muito fácil de achar no Youtube!

Abraços e até a próxima!

quinta-feira, 23 de agosto de 2012

Mãos em jogo - propostas no Handebol I

Demorou, mas eu consegui motivos para abordar um novo tema aqui no LUDocência. Parece uma obviedade, afinal o handebol deve ter feito parte da vida escolar da maioria dos estudantes de graduação (cada vez menos!) e professores de Educação Física, não faz tanto tempo, era o esporte mais praticado nas escolas. Não sei como está essa estatística hoje, mas eu particularmente joguei muito handebol!

Na escola, fui ponta direita e esquerda por algum tempo, mas acabei ficando como goleiro mesmo. Diria que ao goleiro cabe um papel meio ingrato (sofre muitos gols sem poder evitar!), o qual é também um dos maiores atrativos dessa modalidade. O uso das mãos apresenta infinitas possibilidades de manipulação da bola e admite jogadas plasticamente espetaculares!


Infelizmente, atualmente não não percebo a devida valorização desse esporte empolgante, tanto na mídia quanto na prática. Inclusive desenvolverei meu TCC da especialização nessa temática. Então aqui teremos uma prévia das atividades que trabalho em aula, pensadas para ampliar as possibilidades de movimento e tornar o handebol uma opção comum, mais próxima do futebol, basquete e voleibol na preferência da criançada.


Conto com a participação de vocês aqui. Abraços a todos e até a próxima!

sexta-feira, 17 de agosto de 2012

Aprimorando habilidades e competências

Boas! A ausência de postagens (espero que sentida) nestas últimas semanas tem vários motivos: a readaptação ao ritmo de trabalho, uma certa crise de criatividade e, principalmente, aos cursos que venho realizando.

Existem alternativas para o professor continuar estudando, exercer a prática docente requer uma contínua reciclagem daquilo que ensinamos. A combinação dessas duas situações orienta minha atuação ao longo dos anos (não são tantos, mas vividos plenamente!) e hoje recai sobre essa intenção a jornada de dupla de trabalho.


Primeiro, me inscrevi para cursar a especialização à distância oferecida pela UNICAMP, em convênio com a Secretaria de Educação. Chegando à reta final, com a definição do tema do TCC e cursando ainda outras duas disciplinas, o tempo vem se tornando escasso e precisei reformular o currículo na escola para atender ao tema escolhido.


Lá pelos idos de maio, surgiu um novo curso sobre Aula Interativa, recurso disponível nas escolas de minha Diretoria de Ensino (lousa digital e netbooks). Também à distância, mas ainda assim com demanda de participação nos fóruns, questões e atividades de elaboração.


Ainda cogitei cursar alguma disciplina na EEFE-USP, mas abandonei o projeto porque não teria tempo disponível. Quem sabe voltar à universidade no ano que vem, por enquanto preciso terminar com esses cursos para ter mais ferramentas a oferecer aos alunos e evoluir profissionalmente. Infelizmente, ao professor é oferecido pouco tempo em sua jornada de trabalho na participação em cursos, raramente realizados em horário de trabalho, pouco divulgados e desvalorizados quando o docente percebe sua remuneração.


Acredito que teríamos melhores escolas e melhores alunos se os melhores cursos fossem realizados da melhor forma. Somando-se uma melhor gestão a uma maior valorização profissional, os bons professores deixariam de fugir do trabalho na escola pública. Por enquanto, vou fazendo o que posso!

Abraços a todos e até a próxima!

sábado, 28 de julho de 2012

Projetando novas ideias III

Torneios, campeonatos, interclasses... Com o nome que entender ser mais apropriado, a competição esportiva tem espaço garantido no cotidiano escolar e segue como predileção de grande parte dos alunos, tanto pelo caráter diferenciado da atividade como pelo esporte propriamente dito.

Primeiro, defina os objetivos a serem atingidos com a competição, inclusive se será mesmo competitivo o formato. Existem opções que podem trabalhar com jogos mais recreativos, mesclando alunos de diferentes salas, modalidades mistas e até mesmo práticas alternativas, cujo enquadramento seja diverso do esporte, como jogos com bola e de tabuleiro. Se todas as turmas participarão em igualdade de condições, se as disputas acontecerão dentro da mesma faixa etária, com equipes masculinas e femininas, uma equipe representando cada turma ou a permissão para formar mais equipes. Também existe a opção pelos festivais, em que não há classificação e normalmente os participantes são incluídos em equipes mistas, com muitos jogos e premiação geral para todos.

quinta-feira, 19 de julho de 2012

Projetando novas ideias II


Algumas considerações sobre os festivais ou shows de talentos. Em minha formação escolar, não tive oportunidade de participar de nada parecido. Já na faculdade, como exigência avaliativa de algumas disciplinas da área ginástica, integrei grupos para apresentar juntamente com colegas. Nestes momentos, o contato com o formato e o processo de composição permitiram o despertar de intenções e ideias para uma futura aplicação no trabalho escolar.


terça-feira, 17 de julho de 2012

Projetando novas ideias I

Prometi essa nova série até o fim das minhas férias e aqui ela começa. Escolhi escrever sobre projetos possíveis de serem aplicados na escola, mesmo sendo tradicionais. A oportunidade que oferecem à comunidade escolar permite mobilizar conhecimento, habilidade, criatividade e trabalho em equipe. Não sou daqueles que acreditam que a educação prepara a criança para o mundo e estas características são necessárias para viver em nossa sociedade, valorizo sim a experiência de colocar em evidência aquilo que cada um consegue fazer e como consegue ser mais unido a um grupo.

Desde que iniciei o trabalho como docente, me baseei em experiências próprias para construir os eventos de que falarei na sequência, obviamente, refletidos em uma formação profissional e pessoal atingidas através da Educação Física. A perspectiva cultural garante terreno em relação às tarefas motoras, situação comum nas opções didáticas que estabeleço.

segunda-feira, 16 de julho de 2012

Driblando a "boleiragem" no futsal VIII

Finalmente, o final. Reservei algumas linhas para falar sobre o jogo propriamente dito e oferecer uma proposta de avaliação, bem como referências que utilizo.

Tratei de várias dinâmicas relacionadas aos fundamentos, mas não incluí nenhum momento de jogo, divisão de equipes para jogar a modalidade futsal ou exigências de regra. Acredito que seja possível diluir partidas entre as aulas que tratam das partes do jogo. Facilitará a compreensão dos temas de cada aula, além de permitir que sejam colocadas em prática toda a experiência acumulada.

A divisão das equipes exige um cuidado pedagógico que a simples aplicação de gênero não resolve. Meninos e meninas teoricamente apresentam níveis de compreensão diferentes, mas não é algo determinado. A preocupação deve repousar mais no equilíbrio do que em possíveis situações de lesão e contato, afinal ali pelo início da escolaridade até os 12 anos a compleição física é semelhante.

Quanto mais gente jogando, melhor. Permita que ocorram jogos de quadra inteira, principalmente para se habituarem com os espaços e regras de circulação da bola, mas privilegie espaços menores que vão estimular o uso de movimentos previamente ensaiados, além de novas possibilidades dentro da prática. De novo, quanto mais gente jogando, melhor.

Avaliação

Já arredondei esse tema ao longo de todas as séries aqui no blog, acho de fundamental importância saber o que ficou de todo o planejamento e execução das aulas, se foram satisfatórias as situações oferecidas e quais os pontos deficitários. Pode ser feita de tantas formas diferentes quantas puderem ser incluídas, em momentos diversos, mas fazemos uma opção conforme o que foi abordado.

Dessa vez, sugiro a realização da observação de jogo através do scout ou análise de jogo (um artigo interessante a respeito do uso deste recurso você encontra no site Pedagogia do Handebol). Basicamente, trata-se da coleta de dados relacionados às ações de jogo, sejam fundamentos, ações táticas, posicionamento de jogadores, ocorrências na partida e outras variáveis julgadas relevantes.

Um exemplo mais complexo, sugiro reduzir as variáveis e simplificar os campos de anotação

Para iniciar, exiba vídeos com cenas de jogos de futebol de campo, futebol de areia, futsal e momentos de brincadeira com a bola no pé. Os alunos deverão delimitar quais os momentos em que  observaram o futsal e suas características para diferenciar esta prática das demais. Conjuntamente, podem ser aplicadas outras características de análise: número de participantes, número de equipes, movimentos utilizados, interrupções de jogo...

Divida grupos e peça que eles definam o que é mais importante para ser observado em jogos de futsal. Direcione a discussão para a eleição de movimentos de jogo e sugira a construção de uma tabela para que acompanhem um vídeo de um trecho de partida de futsal. Este mesmo modelo pode ser utilizado na observação, por exemplo, de partidas de colegas, quando for a opção por partidas na quadra inteira. Assim, o restante pode participar ativamente mesmo sem estar na quadra!

Para fechar, peça a cada grupo a confecção de um trabalho de análise do jogo de uma das equipes formadas pelos colegas: movimentos observados, jogadores participantes, comentários sobre o jogo. Esta dinâmica aqui proposta permitirá entender se o futsal está sob domínio de todos e todas, além exigir a construção de relações que vão além do esporte: análise de dados e números, divisão de trabalho, reflexão sobre a prática.

Sugestões de leitura



SANTANA, W. C. Futsal: Apontamentos Pedagógicos na Iniciação e na Especialização. São Paulo: Autores Associados, 2003.

DAOLIO, J. Cultura, educação física e futebol. Campinas: Editora da Unicamp, 2003.

FREIRE, J. Pedagogia do futebol. Campinas: Autores Associados, 2003.

KRÖGER, C.; ROTH, K. Escola da bola: um ABC para iniciantes nos jogos esportivos. São Paulo: Phorte, 2002.

Site

Pedagogia do Futsal  -http://www.pedagogiadofutsal.com.br/ - Wilton Carlos de Santana



sexta-feira, 6 de julho de 2012

Driblando a "boleiragem" no futsal VII



Boas! Postagem excepcional para ir completando a atrasada série sobre futsal. Hoje o drible, obsessão e arte mais apreciada no jogador brasileiro. Eu diria que o drible não é tão determinante no futsal quanto é no futebol, em que há espaço de sobra para pintar e bordar. Os dribles aqui são mais curtos e rápidos para conseguir uma situação vantajosa para finalizar em gol. Normalmente, passes são mais frequentes que qualquer outro fundamento. Vou conciliá-los à proteção de bola, importante no decorrer do jogo.

1 - Pega Colete
Cada jogador tem um colete preso na cintura (sem estar amarrado, que saia pela força de um puxão) que é seu passaporte para continuar na brincadeira, que consiste em fugir de um pegador sem colete. Se o pegador "rouba" um colete, o "roubado" torna-se pegador. Variações: quem perde o colete sempre será pegador; determinado número de coletes permitem que o pegador possa ser fugitivo; todos podem roubar coletes, tentando proteger o seu próprio; agora os coletes serão vestidos por quem tem a bola, enquanto o pegador torna-se bobo, com a possibilidade de roubar a bola ou o colete de quem tem a bola. A correria aqui, mesmo sem a bola, vai ajudar a criar recursos de finta de corpo, muito úteis!

2 - Quem fica com bola?
Ideal: todos com bola. Em um espaço delimitado, os jogadores devem manter a posse da bola, procurando atrapalhar os demais para que percam o controle e saiam do jogo. Variações: dois grupos, saindo das linhas de fundo em direção ao lado oposto, cruzando-se sem perder a bola para então finalizar em direção à meta; quem perde a bola, continua no jogo, podendo desarmar os demais. Marcam pontos de acordo com o número de bolas finalizadas em gol. Poucas bolas? Trabalhe com um revezamento de posições que exige o drible na última posição do ataque, antes de finalizar em gol. Ok, se não agradou, a próxima atividade pode ser interessante!

3 - Drible pelos círculos
Três participantes colocam-se na quadra para executar a marcação, enquanto um atacante driblará para superá-los. Os marcadores podem se posicionar nas duas linhas de lance livre do basquete e círculo central. Cada participante sai com a bola e deve tentar passar por todos os três marcadores, finalizando ao gol no final. Se perder a bola, fica no lugar do marcador. Pode ter um trabalho para proteção de bola, com giro sobre o marcador.

Não tem muito segredo, só não gosto de insistir em cones, filas, bah! Um cone fica parado, o marcador, não! Obviamente, o trabalho de iniciação requer domínio da bola, então exercícios mais analíticos tem suas vantagens. No entanto, a desvantagem mora na imposição de performance, na espera dos demais pelo término do executante e uma certa incoerência: quero garantir oportunidades de experimentar, ter opções e criar gosto pela prática. Para melhorar e especializar, há outros tempos e lugares.

Na próxima semana, o fim da série com algumas sugestões de avaliação. Não perca!

Abraços a todos e até a próxima!

domingo, 1 de julho de 2012

Driblando a "boleiragem" no futsal VI


Eu sei, eu sei... Está largada minha série sobre futsal, justo aquela que eu estava esperando dar mais conta do recado!

Mas entendam os afazeres desse profissional atualmente vinculado a dois trabalhos em cidades diferentes, mas com demandas intensas. A boa notícia é que estarei em período de férias até a terceira semana de julho, muito tempo para fechar essas postagens e já iniciar uma série breve para completar o mês de julho.

Hoje chute ao gol e goleiro!

1 - Paredão

Para aperfeiçoar e habituar o controle do corpo para executar chutes ao gol, nada melhor que um adversário duro na queda: a parede. Com a mesma força que eu chuto, ela devolve, de acordo com o posicionamento e direção da bola. Se puder, ofereça bolas a todos para experimentar chutes rasteiros, de média altura e altos. Se o material é escasso, divida os alunos em colunas para cada bola. O primeiro executa um chute, volta o fim da fila, enquanto o próximo busca chutar a bola em direção à parede. Com a prática, pode se transformar em um jogo bacana, atingindo o objetivo de 10 bolas em sequência, por exemplo.

2 - Gol a Gol

Clássico para quando a galera ainda está chegando para bater bola, adaptamos para colocar todos no jogo. Divida duas equipes e demarque duas linhas (ou use as da quadra, como a de fundo do vôlei ou mesmo a de fundo do futsal, sem considerar as traves). Os alunos se posicionarão na sua metade de quadra para impedir que o adversário consiga fazer a bola ultrapassar a sua linha, chutando e direção ao gol do oponente. Se começar a briga porque um chuta mais que o outro, pode ser definida uma ordem que só se repetirá quando todos tiverem chutado.

3 - Resgate

O curioso desse jogo, que eu já uso para bastante coisa, é que aprendi com os alunos em uma aula de futsal. Somei ao meu repertório e alguns anos depois ele apareceu em uma clínica de vôlei. Funciona de modo semelhante à queimada, com a diferença no objetivo: aqui, o jogador que está do lado oposto da sua equipe tenta enviar a bola para um colega por meio de um chute. Quem recebe, deve segurar a bola sem deixar que ela toque o chão. Se consegue, sai da quadra e serão dois chutadores para "resgatar" o restante da equipe. Depois podem rolar umas variações na maneira de chutar e recepcionar, de acordo com as intenções da aula.


A questão é onde está o chute ao gol? Acho que é apenas uma consequência, construir um movimento que permita alcançar a meta vem antes e aqui todos tem mais espaço para ir adquirindo maior consciência do uso do chute para marcar gols. Podem rolar umas dinâmicas mais tecnicistas, com chutes ao gol, desde que o foco seja dividido para que o desempenho não sobrepuje a experiência.

E se você ainda se perguntar onde raios está o goleiro nessas atividades, ele cabe em todas: no paredão, pode-se alternar um chute com uma defesa do próximo jogador ou ainda o goleiro de frente para a parede enquanto os outros chutam na parede; no gol a gol, pode-se permitir ou não o uso das mãos; no resgate, o posicionamento em relação à bola já desenvolve alguma habilidade de goleiro. Sugestões de encaixe do goleiro feitas pelos alunos também devem ser ouvidas.

Que pena ter atrasado tanto, espero que não tenha perdido o fio da meada... Farei mais uma postagem ainda sobre futsal para então escrever duas breves postagens sobre projetos de gincana e outros eventos na escola, relatos de experiência.

Abraços a todos e até a próxima!

sexta-feira, 22 de junho de 2012

Driblando a "boleiragem" no futsal V



Saudações. Fim de bimestre, atividades dos cursos que realizo, ficou tudo muito junto e precisei dar prioridade ao que era urgente. Duas semanas sem postar... Vou compensar com postagens hoje, segunda e na próxima sexta-feira.

Mas falávamos de futsal! Depois de valorizar o passe nas atividades do post anterior, hoje vou em direção à marcação e desarme. Atacar responde aos objetivos da modalidade, mas defender é a contrapartida oferecida ao adversário e tem como principal função iniciar o ataque, recuperando a bola. Em um espaço reduzido, defender fica mais fácil e a intenção é mostrar aos alunos que pode ser divertido e prazeroso como qualquer parte do futsal.

1 - Sombra

Dois a dois, caso existam  bolas suficientes, os alunos vão deslocar-se pelo espaço. Quem tem a posse de bola, evolui driblando enquanto o colega desloca-se de costas como que marcando, mas sem efetivamente tentar desarmar. Pode-se adaptar a atividade para ser realizada em colunas, quando são poucas bolas à disposição. Orientar o posicionamento em relação ao atacante e o acompanhamento próximo, mas não tão perto que facilite o drible. Com o bom desenvolvimento, liberar o desarme, ao que se invertem os papéis.

2 - Bobinho

Já falamos dele quando tratamos do passe. Agora, favorecemos o desarme. A sequência inicial terá grupos divididos de acordo com o número de bolas disponíveis, preferencialmente em números ímpares, ficando um aluno no centro, enquanto o restante se divide em duas linhas. O objetivo das linhas é passar a bola entre si, superando a marcação do defensor ao centro. Quando conseguir a posse da bola, o aluno que defende troca de lugar a quem tocou a bola por último.

As variações são muitas, como já conversamos anteriormente. Sugiro pedir sugestões aos alunos para estimular sua percepção de situações em que o desarme será importante, mas deixo uma opção em que três alunos são diferenciados do restante com um colete ou algo que chame a atenção, estes deverão tentar roubar a bola. O restante do grupo mantém a posse de uma (ou mais, conforme for conveniente) bola por meio de dribles e passes, sendo que perder a bola significa tornar-se parte do trio defensor.

3 - Derruba-cone

Uma daquelas coringas que valem para quase todo trabalho de iniciação esportiva. No nosso caso, estimulamos a tomada de decisão da defesa: aproximar-se do adversário e tentar roubar a bola para tornar-se atacante ou apenas marcar protegendo o alvo? O campo de jogo pode seguir formatos diversos, como o da figura ou círculos, ou maior número de cones em diferentes locais, sem definição de alvo específico para cada equipe.


Não é necessário ressaltar que o trabalho com marcação e desarme está intimamente ligado a passe e drible. Trabalhar os primeiros com quem defende estimula os outros em quem ataca! Normalmente, a opção de atividades que falam de esporte coletivo tem essa característica mais global, cabendo ao professor insistir no que deve ser observado e refletido a cada aula.

Semana que vem, duas postagens, prometo! Viremos com finalização e drible, encerrando na outra semana com situações de aprendizado para o goleiro e a avaliação do tema. Abraços a todos, ótimo final de semana e até a próxima!

sexta-feira, 1 de junho de 2012

Driblando a "boleiragem" no futsal IV

Boas! As coisas ficarão mais próximas de uma organização de jogo, iniciando pela experimentação direta do passe. O passe é fundamental ao jogo de futsal, mais que no futebol, por exemplo. Essa característica é comum aos outros esportes de quadra, uma vez que o espaço reduzido dificulta a condução e o drible.

Mais um fator para explorar como diferença para o futebol. É comum os alunos apostarem na sua habilidade individual e quererem sair carregando a bola sozinhos, sorte que a própria (des)organização dá conta de ir sentenciando essa opção a falhas constantes. Vamos ao que interessa, o estímulo ao passe!

1 - Sequências paradas
Mais analítico, mas começar do zero requer esse cuidado para entender que passar é mais que apenas se livrar da bola. Dependendo do número de bolas disponível, arme colunas frente a frente para trocas de passe e trocas de fila ("para onde passar, o aluno vai ao final da fila"). Peça o passe com o lado interno do pé e depois libere passes com o lado de fora, peito de pé, bico. Questione qual o mais preciso, qual o mais fácil... Ah, também oferece situações de domínio de bola, onde o mais seguro será pisar na bola, mantendo o calcanhar atrás dela.

2 - Bobinho
Um clássico! Com variações diversas, atende a nosso objetivo no sentido de oferecer a motivação para passar bem a bola. Preferencialmente, divida várias rodas menores. A construção de uma roda já traz a ideia de trabalho coletivo e intensifica o contato com a bola, já que ela permanece mais tempo em jogo. Variações: permitir apenas dois toques para cada jogador; permitir apenas um toque para cada jogador; proibir passes aos jogadores imediatamente ao lado; o "bobo" conquista o direito de voltar à roda quando conseguir interceptar um passe, o passador toma seu lugar; aumentar o número de bobos etc.


Jogadores do Barcelona-ESP  jogando "bobinho" no treino

3 - Corrida de passes
Nesse eu adaptei a dinâmica do beisebol para estimular o passe e drible com bola. O material a ser usado é de cones, coletes para divisão das equipes e uma bola. Divididas duas equipes, uma será chutadora e corredora e outra passadora. A organização fica mais ou menos assim:

Equipe laranja: chutadora/corredora
Equipe vermelha: passadora
Setas amarelas: sentidos de deslocamento

Um jogador da equipe laranja é encarregado de chutar a bola para frente, de maneira a ultrapassar a linha de meio. Após o chute, ele deve correr ao redor dos cones colocados o mais rápido possível para voltar ao cone de onde chutou. Enquanto isso, a equipe vermelha deve primeiro buscar a bola e então iniciar passes entre toda a equipe, sem exceção. Se o corredor conseguir chegar ao início antes dos adversários conseguirem passar a bola entre toda a equipe, marca o ponto. Após a primeira equipe realizar todos os seus chutes, os papéis se invertem. A distância dos cones deve ser proporcional ao número de jogadores das equipes. Pode-se acrescentar outra bola que deverá ser driblada ao redor dos cones, os quais formarão uma figura menor, obviamente.

Exemplos com jogos que eu normalmente escolho. O prazer do jogo exige uma readequação dos modos de fazer para melhorar a participação e atingir os objetivos. O olhar do professor deve repousar sobre a questão do coletivo, a maior dificuldade atual é o trabalho em equipe. As pessoas se preocupam em atuar com êxito individual e esquecem de se preocupar com a garantia de um bem estar ao grupo que pertencem.

Junho chegou e a série vai continuar! Mais futsal nas próximas semanas. Abraços a todos e até a próxima!

sexta-feira, 25 de maio de 2012

Driblando a "boleiragem" com o futsal III

A sequência dos trabalhos com a modalidade Futsal na escola requer uma parada pedagógica para definir, afinal, do que se trata esse esporte. Valem soluções imagéticas como vídeos e fotos, certamente mais atrativas, ou o usual GLS (giz, lousa e saliva). O importante é construir junto aos alunos o conceito diferenciado em relação ao futebol.

Normalmente, iniciar a discussão pela origem do nome por si só atrai o interesse. O nome foge ao padrão dos outros esportes coletivos mais conhecidos em que a bola vem no nome: futeBOL, basqueteBOL, voleiBOL, handeBOL...

Conforme Vieira e Freitas (2007), as origens da modalidade remontam à adaptação do futebol de campo para espaços fechados pela ausência de espaços para jogar. Duas histórias existem para este fato: o mais provável é a regulamentação proposta por um professor uruguaio que trabalhava na ACM (Associação Cristã de Moços - originalmente, Young Men Christian Association, aquela da música do Village People!)



Fim do momento off-topic, o caso é que a modalidade foi inicialmente chamada de FUTEBOL DE SALÃO em razão dos espaços que ela ocupava. Até mesmo foi criada uma federação internacional, FIFUSA. Quando do surgimento da regulamentação e realização de torneios internacionais, a FIFA interviu no uso do nome "futebol", que seria exclusivo dela, enquanto tecia acordos e reuniões para incorporar a modalidade, até mesmo organizando paralelamente outro esporte semelhante com pequenas diferenças nas regras.

Entre idas e vindas, o futebol de salão passou a ser organizado pela FIFA e o nome foi reduzido para a contração das palavras "futebol" e "salão", chegando ao atual FUTSAL!

Valorizar nesse processo a criação de outra modalidade, diferente em suas características, movimentos de jogo e dinâmica vai trazer questionamentos. Costumo montar um quadro informativo:

FUTSAL

Origem: surgido pela falta de campos de futebol, que era jogado em espaços fechados, por volta dos anos 1930 na América do Sul.

Objetivo: Acertar a bola na meta adversária um maior número de vezes que os oponentes.

Movimentos fundamentais: (aqui vão exemplos, dados pelos meus alunos) Passar a bola, Receber a bola, Driblar, Chutar, Cabecear, Defender (goleiro), Roubar a bola.

Jogadores por equipe: 5 em quadra, sendo 1 goleiro, 7 reservas.

Regras básicas: Proibido o uso de mãos e braços, a não ser pelo goleiro dentro de sua área de meta. As partidas oficiais são disputadas em dois tempos de 20 minutos cronometrados. O início e reinício após a marcação de gols são feitos com tiro de saída no meio da quadra, a reposição de bolas que saem pela lateral é realizada com tiros laterais e a reposição de bolas que saem pelas linhas de fundo pode ser realizada com arremessos de meta ou tiros de canto.

Quadra:


Aqui temos informações básicas que permitem aos alunos apreciarem a modalidade minimamente. Não temos como objetivo formar atletas ou profundos conhecedores do futsal, até porque o tempo é escasso e os grupos quase sempre heterogêneos. Daqui pra frente, estaremos nos dedicando a exercitar os movimentos e organização do futsal. Abraços a todos e até a próxima!

Referências

Vieira, S. Freitas, A. O que é futsal? Rio de Janeiro: Casa da palavra, 2007.
Confederação Brasileira de Futsal. Disponível em: http://www.futsaldobrasil.com.br/2009/cbfs/index.php. Acesso em 24/05/2012.

sexta-feira, 18 de maio de 2012

Driblando a "boleiragem" com o futsal II

Possibilidades! Nada melhor de se falar em uma sexta-feira de tempo aberto como essa...

O futsal torna-se opção pelas coisas que enumerei na postagem anterior e também porque inclui alguns condicionantes específicos ao movimento. É um contraste muito grande: em um grupo, torna-se tão comum a prática que abordá-la na escola pode ser enfadonho e chato. Para uma maioria, as poucas e raras oportunidades de experimentar uma bola no pé já cria um quadro desmotivante e a insegurança de realizar as tarefas de aula é influenciada também pelo time dos boleiros.

Mas nada de desistir ou passar para outros conteúdos. Do que tenho observado, precisamos de momentos em que o foco seja dividido e a tranquilidade para perceber-se em movimento seja predominante. Vamos ao que interessa!
Tira a mão da bola, rapaz, deixa ela no pé!

Aula 1 - Primeiros contatos do pé com a bola

Atualmente, percebo que a dificuldade de abordar o conteúdo esbarra em uma formação incompleta nos anos anteriores da Educação Física. Assim, tudo vem mesmo do começo. Chutar de várias e infinitas formas!

- Dividir-se em duplas e trabalhar com a bola no pé. Combinar que nenhuma bola deverá ser segura com as mãos durante esta aula para estimular ao máximo o controle da bola. Somente com uma aplicação regular o aluno perceberá melhor o contato com a bola em chutes, passes e dribles.

- Dividir duas equipes: uma com bola e a outra fora da quadra, sem bola. Os alunos com bola permanecem driblando pela quadra até que o professor dá um sinal e o time sem bola entra para tentar tomar a bola. A equipe com bola tenta levar a bola para dentro de um gol e os de fora para outro. Exercitar o drible com rapidez e proteção de bola. Variar a quantidade de bolas, quantidade de integrantes de cada equipe e o local que será usado como alvo.

- Limpeza de quadra: duas equipes posicionadas cada uma em sua metade. Metade das bolas será deixada em cada lado. Os jogadores se posicionarão em suas respectivas linhas de fundo e, ao sinal, enviarão as bolas ao outro lado durante o tempo determinado. O professor dará outro sinal para encerrar a atividade e contar o placar de bolas em cada lado da quadra. Variar o alvo dos chutes que "limpam" a quadra, valendo as bolas que ficarem dentro do gol adversário.

- Duas equipes, uma posicionada no centro da quadra e outra dividida nos dois lados, com um número de bolas. Ao sinal, tentam acertar os colegas no meio, contando os acertos. Estimular o direcionamento dos chutes e passes, para perceberem que não compensará tanto a força, pois chutes errados irão parar longe e farão a equipe perder tempo.

Pode-se pensar que com poucas bolas não é possível. Mas todas as atividades também podem ser realizadas com somente uma bola, com adaptações que certamente o professor é capaz de fazer de acordo com sua realidade. Concordo com a maioria das dificuldades apontadas pelos colegas em conversas e comentários aqui deixados, durante a aula a resolução de conflitos tem tomado muito tempo das aulas e a individualidade atrapalha o desenvolvimento da habilidade de compartilhar seus saberes e conhecimentos para contribuir na formação dos colegas. Mesmo diante desses contratempos, o estímulo do jogo pode auxiliar na transformação de pré-conceitos e a criação de uma identidade social. Abraços a todos e até a próxima!

sexta-feira, 11 de maio de 2012

Driblando a "boleiragem" com o futsal I

Chegou a sexta-feira e estou iniciando uma nova série de postagens. Escolhi esse título curioso porque o trabalho com futsal na escola, muitas vezes, cai na mesmice de uma bola, dez em quadra e vale-tudo! Chutar uma bola é quase uma atitude involuntária como respirar! Duvido que alguém nunca tenha chutado uma pedra ou latinha na rua...

Nesta idade, uniformizados, arbitragem, treinamento... Para quê?
Créditos: 
http://www.futsalpaulista.com.br/img_2009/port_cor_chup_01.jpg

O complicado é justamente essa massificação do ato envolvido, o qual tem significados diferentes de acordo com sua utilização e aplicação dentro de modalidades esportivas. A mídia insiste no futebol como paixão nacional, valorizando o espetáculo e estabelecendo um padrão de prática distante para uma imensa maioria dos alunos que gostam de jogar. Pela própria estrutura física da escola, o futsal é mais adequado que o futebol e entender as diferenças entre os dois esportes torna-se secundário perante a identificação de intenções direcionadas ao rendimento e não à participação.

Vejo muitos casos em que o trabalho com futsal, principalmente em turmas de treinamento na escola, resume-se ao "coletivo". Mesmo a divisão das equipes é feita pelos alunos e isso não garante condições iguais de participar. Discordo de quem faz esta opção, sejam quais forem os motivos. Discordo como educador e cidadão. Prefiro um esporte recreativo, divertido, no qual jogar bem, mal e mais ou menos não tenha qualquer relevância. Que importe mesmo o jogar!

Nas próximas semanas, algumas sugestões e reflexões para ensinar futebol a todos, ensinar futebol bem a todos, ensinar mais que futebol a todos e ensinar a gostar do esporte (FREIRE, 1998). Abraços a todos, ótimo final de semana e parabéns a todas as mamães!

segunda-feira, 7 de maio de 2012

Malhando em Maio

Boas! Por pura falta de organização, a sexta-feira que passou ficou em branco. Estive atolado de afazeres que permiti acumularem-se ao longo dos dias, não dei conta de tudo em minhas manhãs de tempo livre.

Não lamentarei tanto porque não tinha muito sobre o que discorrer antes, mas hoje voltei da escola refletindo um pouco sobre tudo aquilo que venho tratando como AULAS DE EDUCAÇÃO FÍSICA NA ESCOLA. A atribuição de desenvolver as atividades pedagógicas neste componente curricular é de responsabilidade indivíduos licenciados em cursos superiores de Educação Física, meu caso. Caso de muitos por aí, inclusive. Mas o leitor deve estar se perguntando onde é que pretendo chegar com essa falação sobre o óbvio?

O fato é que não estou feliz com o andamento de minha atividade docente. Embora esteja caminhando com conteúdos e atividades, não observei efetividade no primeiro bimestre, constatação nas produções avaliativas dos alunos dos sextos anos. Dois meses e pouco mudou no entendimento deles a respeito do mundo do movimento... Concluo e informo: "Houston, we have a problem!"

O canal de comunicação anda falho. A famosa predileção pela Educação Física é algo completamente superado e o diferencial "fora da sala em movimento" também não tem sido atrativo. Por vezes, percebo em mim certo cansaço e frustração além do comum para as diferenças entre REAL e IDEAL. Nem mesmo para mim ando causando boa impressão...

Alguns degraus conquistados... Não quero descer e minhas pernas já alcançam passos maiores!

Um dia sonhei com a LUDocência a pleno vapor, transformando olhares, ideias e permitindo que aqueles projetos de gente, donos de alguns pensamentos e prontos para experimentar de tudo, conseguissem crescer um pouco melhor usando aquilo que viam nas aulas de Educação Física. Não questiono a influência que ainda posso ter, mas sim a viabilidade das opções que faço e venho fazendo. O mês de MAIO vai ser data-base nesta revisão do professor que eu sou e ainda posso ser. Aquele recém-formado de 2008 sabia que podia ser melhor...

sexta-feira, 27 de abril de 2012

A transformação da didática

Saudações. Esta última postagem vem acompanhada de meus melhores momentos de reflexão, estes começam sempre quando o tempo vai esfriando. O calor não é minha preferência e me atrapalha bastante na criação e execução de ideias.

Aproveito esse profícuo espaço de reflexões e pensamentos para retomar o processo de ensino e aprendizagem nas aulas de Educação Física e sua característica de mudança. Supondo que o trabalho seja realizado junto a turmas de mesma série, normalmente faço um planejamento único, ainda que considerando as especificidades de cada grupo. É ao longo das atividades que percebo alguns pontos a serem corrigidos, aparando as arestas para a próxima sala. Quando inicia esta outra aula, a mesma coisa.

Professor para saber do que fala tem que se envolver!!!!!

Imagem do filme "Um Tira no Jardim de Infância - fonte: http://www.viceland.com/blogs/en/files/2011/08/kindergarten-cop-arnold.jpg

Até já comentei a respeito da transformação de um planejamento da primeira para a última turma, mas isto lida até mesmo com variáveis outras: quantidade de alunos, proporção entre os gêneros (tristemente, isso ainda é determinante, embora eu desejasse que não o fosse), material disponível, espaço utilizado...

Lembro que, dois anos atrás, eram seis quintas séries. A mais trabalhosa e agitada era a última da semana e o desafio de levar em frente as mesmas atividades me motivou bastante, mesmo que, por vezes, me frustrasse e precisasse recorrer a instrumentos não tão pedagógicos. No final, deu certo porque a coerência e a regularidade vencem impulsos e alternâncias.

Não sei muito sobre ser professor de Educação Física, sei apenas aquilo que já passei. O passado se tornou experiência e só consigo andar para frente quando me conscientizo do que já foi feito. Uma metamorfose ambulante, motorante, jogante, dançante, lutante... Abraços a todos, bom feriado e até a próxima!
Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...