quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

Retrospectiva 2011 - parte III

Reservei está última postagem do ano para falar somente do blog.

Retrospectiva 2011

- No blog: Em 2011, instituí um novo modelo de gestão e postei séries temáticas contendo propostas de ensino relacionadas a conteúdos da Educação Física Escolar. A partir de março, desenvolvi cada série sempre pensando em pontos de partida, caminhos para tornar aquilo que estudávamos mais próximo, encerrando com possíveis linhas de chegada. Na cronologia, temos:





Foram 26 discussões a respeito do ensino em Educação Física Escolar. Recebi muitos acessos através de pesquisas em sites de busca, provavelmente colegas de trabalho ou estudantes de Educação Física, em formação profissional ou frequentando a escola, buscando respostas para o que faziam em aula.

No entanto, todos estes acessos eram pontuais e anônimos. Sinto falta de pessoas postando comentários para dizer se gostaram, se é coerente, se as postagens ajudaram, se voltariam... Ando pensando em como tornar o blog mais receptivo a estas participações. Talvez mais registros das práticas ajudem a torná-lo mais visual, mais real e palpável, é uma meta!

Vale marcar que 2011 foi o ano em que o LUDocência se tornou reflexo de meu trabalho na escola e caminhou junto com as aulas que eu montava. Espero que ele continue crescendo, servindo de ferramenta para formação e discussão na área, além de me permitir a mesma reflexão de sempre. Aguardo vocês aqui a partir de fevereiro com postagens significativas, novas séries e mais a respeito dessa maneira de aprender Educação Física pensada através do jogo.

Deixo aqui votos de um 2012 repleto de alegrias e realizações a todos. Saio de viagem nesta sexta para curtir a companhia de quem gosto e recarregar as baterias. Abraços a todos e até 2012, LUDocência!!!

quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

Retrospectiva 2011 - parte II


Dando sequência às postagens sobre 2011, falarei sobre o SESC!

Retrospectiva 2011

- No SESC Vila Mariana: os primeiros dois meses aqui na capital paulista foram uma prévia do que ainda viria. A aposta de deixar a amada Campinas para entrar na correria de São Paulo tinha base no crescimento profissional e na oportunidade trabalhar para uma empresa socialmente comprometida.

Precisei sair de casa, mas encontrei logo um teto bacana, morando numa república bem perto do SESC, que fica numa região central de Sampa. Daqui, eu acesso facilmente a linha azul, a linha verde e a linha vermelha. Voltei a ir trabalhar de maneira mais saudável com caminhadas de 30 minutos, sem falar no tempo para almoçar!

Mas o trabalho foi o que houve de mais gratificante. Quando da virada do ano, fiquei um pouco preocupado em razão de ser escalado para assumir as aulas da turma de vôlei aperfeiçoamento. Não sabia exatamente como proceder, afinal nunca havia tido experiências aprofundadas com esporte adulto, exceção às recreações e competições arbitradas. Foi o que tive de mais difícil, pois o restante da escala foi quase que totalmente igual ao início em novembro.

Mas segui aprendendo muito sobre essa história de ser instrutor do SESC: escalas, compensações, programações, problemas, soluções, alunos, reclamações, atestados... No fim, foi gratificante demais estar com essas pessoas, colaborando para sua saúde, convivência e alegria. O reconhecimento vinha sempre pelos sorrisos e alguns mimos ;)

Só precisei deixar as turmas de terça e quinta à noite para cobrir as aulas de futsal feminino e masculino com a saída do colega Rafael. Perdi um vínculo legal, mas estabeleci outros, embora mais temporários. Para o próximo ano, carrego essa bagagem de experiências novas e diversificadas!

Não sei até quando ficarei por aqui, talvez uma transferência para outra unidade aconteça, ando pensando em Campinas, considerei outras cidades... Muitas circunstâncias influenciarão quando eu precisar decidir se tento outra mudança ou um retorno.

Na semana que vem, encerro o ano com a retrospectiva do blog! Abraços a todos e um ótimo natal, estejam perto de quem vocês mais amam!

sábado, 17 de dezembro de 2011

Retrospectiva 2011 - parte I

O fim do ano está aqui e já podemos ir recolhendo as cadeiras, limpando as mesas, 2012 está na porta e é melhor que encontre tudo arrumado. Como fiz nos outros anos, vou retomar o ano profissional e relembrar fatos importantes, avaliações e juízos. Em 2011, vou incluir comentários a respeito deste blog, que cresceu muito e tomou forma.

Retrospectiva 2011

- Na escola: Talvez tenha sido realmente o ano em que percebi maior maturidade na minha didática em Educação Física Escolar. Dentre muitos fatores, acredito que o número reduzido de turmas e o fato de já conhecer os alunos (na recíproca deles também me conhecerem como professor) foram os principais condutores de um ano especial.

No entanto, sempre fica algo que a gente pode mudar ou reformular. A falta de tempo livre para dedicar mais cuidado às avaliações trouxe dificuldades em atribuir conceitos, não saiu como eu queria. Mas não dá pra assumir a bronca sozinho, os bimestres cheios de feriados e pontos facultativos prejudicaram também, sem falar nas pressões administrativas para entregas de notas e documentos em prazos curtíssimos. O bimestre que iria até 16 de dezembro precisar encerrar notas em 26 de novembro elimina 20 dias, dos quais eu imaginava ter, pelo menos, mais sete com alunos em sala. A burrice de ter 200 dias em calendário não promove nada de benéfico aos alunos, somente professores de saco cheio querendo ir na escola assinar o ponto e irem embora.

Para o próximo ano, algumas leituras que realizei, a participação no Seminário da USP e ideias que tive ao longo das aulas me inquietaram no sentido de mudar os processos. Ando criando algumas possibilidades que permitam ao aluno assumir um maior protagonismo, pois foi ponto geral o distanciamento entre eles e a Educação Física, mesmo com sequências didáticas abrangentes. Trarei as novidades em breve!

No mais, também foi um ano de perdas consideráveis na qualidade do meu acervo material de trabalho. Com mais 3 colegas de Educação Física na escola, fica tudo desorganizado, ninguém cuida direito do que usa e acabamos o ano com bolas furadas pra todo lado, materiais quebrados, o depósito de pernas pro ar. Como era bom no Leite do Canto, era só eu para cuidar de tudo e zelava com carinho!!

2012 ainda é uma incógnita, me inscrevi para uma jornada de vinte aulas, mas estou na dependência de mudanças no SESC. Caso continue aqui em São Paulo, retorno para 10 aulas e vou selecionar as turmas de trabalho. Espero reencontrar alunos meus e também oferecer um ponto de partida a quem estiver de chegada na nossa escola.

Semana que vem, o ano no SESC e considerações a respeito do LUDocência. Abraços a todos!

sábado, 10 de dezembro de 2011

Sacando o Voleibol VIII


Ontem dediquei minha manhã ao trabalho da pós e acabei viajando para Campinas à noite, então os finalmentes da série chegam neste sábado cinza.

Avaliar em Educação Física sempre é complicado: o simplismo pode levar em conta somente a observação e participação e o exagero conteudista acaba deixando os alunos distantes do que fazem na prática. Para ler mais sobre avaliação, leia a postagem Avaliando desse jeito.

Aqui, vamos tentar uma proposta simples de avaliação. Fundamental exigir que o aluno deposite maior atenção ao jogo possível alcançado através das aulas, além de permitir que ele expresse sentimentos, ideias e reflexões sobre todas as tarefas cumpridas.

Produção Avaliativa - Vôlei

1 - Comparado ao futebol e o basquete, por exemplo, o vôlei tem movimentos diferenciados. Explique qual o movimento básico presente no jogo de vôlei e que dificuldades ele apresenta.

2 - Imagine que você encontrou alguém que não conhece nada a respeito do vôlei e quer saber sobre as aulas e o esporte. Quais informações você daria a esta pessoa para que ele conseguisse entender o que é o vôlei?

3 - Explique brevemente o que é o rodízio, qual o motivo dele acontecer durante o jogo de vôlei e quais os benefícios para a equipe.

4 - Descreva sua trajetória ao longo das aulas sobre vôlei, contando o que já conhecia sobre esse esporte, o que aprendeu, o que foi fácil, o que foi difícil e outros comentários a respeito que você gostaria de registrar.

Algo bem interessante para contribuir neste momento seria exibir uma filmagem daquela partida inicial, na primeira aula da série, seguida do último jogo realizado pela turma. A observação seria rica e motivadora no sentido deles mesmos perceberem a evolução alcançada com a participação.

Para mais informações, recomendo!

Just Volleyball - Site administrado pelo professor Jorge Barros de Araújo (Jorjão), ríquissimo em informações e exercícios detalhados a respeito do vôlei (quadra e areia).

Aqui mais um ponto final! Foi bem gratificante escrever a respeito do vôlei, devo muito do que aprendi às turmas de vôlei do SESC. Ao longo do ano, cada aula nas turmas de Aperfeiçoamento e Iniciação Adulto foi um laboratório importante e um aprendizado mútuo. Obrigado aos alunos pela paciência e participação!

Até a próxima, abraços a todos!

sábado, 3 de dezembro de 2011

Precisa-se de professores blogueiros!!


Olá a todos! O site Blog Teia, da Agência WD1, está recrutando professores que escrevam blogs para construir um blog educacional com postagens das diversas áreas e temas. Quem estiver interessado em contribuir, acesse o site ou envie uma mensagem para alfredo_agenciawd1@hotmail.com.

Eu já estou dentro desde sempre, o Teia é um grande parceiro e ajuda na divulgação do LUDocência, espero por colegas com vontade de formar um grupo! Abraços a todos!

sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

Sacando o voleibol VII

Tem uma dica que eu deixei de citar nas postagens anteriores relacionada à dinamização do espaço. Obviamente, pensar o voleibol exige uma rede posta para dividir a quadra, na concepção simplista do esporte. É interessante vencer essa imposição espacial, propondo dinâmicas em roda, simplesmente mantendo a bola no alto, o uso da rede mais baixa, para dar oportunidade a todos de executar saques, ataques e bloqueios, e mais divisões do espaço, como cordas traçando quatro divisões na quadra, permitindo maior participação.

Saque, Recepção, Ataque... Prossigamos ao que ainda está faltando para completar as possibilidades do jogo: bloqueio e, finalmente, o rodízio.

Feitos os resgates necessários, vamos a duas sequências para falar do que ainda falta para compor o vôlei:

Aula 6 - Bloqueios

Vai surgir uma certa empolgação aqui, afinal a sensação de parar o movimento da bola com os braços e ainda conseguir pontos equivale à defesa do pênalti no futebol. Muitos saltos depois, eles estarão um pouco mais cansados e mais inteirados no que podem fazer...

-Aquecimento: dois a dois, afastados dois passos, se aproximam frente a frente, saltam e batem as mãos no alto. O mesmo pode ser feito ao longo da rede.

- Conforme o número de bolas, divida o grupo em duplas/trios/colunas com alunos frente a frente. Um colega lança para o alto, enquanto o primeiro da outra coluna deve se aproximar e saltar com os braços estendidos, recebendo a bola. Na sequência, uma fila lança enquanto a outra salta e impulsiona a bola com os braços para frente.

- Rede humana: Divida a turma em três. Uma das equipes fará o papel de rede, ficando no centro do espaço, enquanto as outras duas jogarão normalmente, o vôlei que entenderem possível a todos. Toda a vez que a equipe do centro (rede) conseguir tocar a bola antes que ela passe para a outra quadra, executando um bloqueio, ela ganha o direito de tornar-se uma equipe que joga, enquanto quem foi bloqueado assume a posição de rede humana. As variações podem ocorrer na maneira que se joga (segurando a bola, manchete, toque, manchete e toque, jogo livre, três toques, maior número de toques, cada toque em pessoas diferentes, cada passagem de bola ao outro lado exige mudança de lugar dos jogadores etc.), no espaço (divisão com equipes menores jogando em quadrado, onde quatro "redes" fecham uma equipe e tem outras quatro jogando do lado de fora) e no número de bolas, para aumentar a dificuldade.

Aula 7 - Rodízio e Posicionamento

Na regra do jogo, existe um posicionamento definido. Logicamente, uma aula com turmas escolares sempre terá muita gente para jogar e pouca quadra. Assim, adaptar o número de pessoas em quadra e formas de permitir que todos joguem, a princípio, é o caminho. Com o passar das aulas, dá pra trabalhar do jeito "certo" para que eles entendam melhor a dinâmica.

- Câmbio: Desenhe os números no chão e peça um aluno em cada posição. Explique o sentido decrescente dos números e também as regras do Câmbio: semelhante ao vôlei nos três possíveis toques em cada passagem de bola, mas permitindo segurá-la e lançá-la, inclusive no saque. Toda vez que a bola passa ao outro lado por cima da rede, a equipe realiza uma rotação do rodízio, deslocando-se uma posição. Conforme os alunos entendam o funcionamento do jogo e o deslocamento do rodízio, vá adicionando elementos dificultadores: saque conforme a regra do vôlei, recepção deve ser rebatida, o segundo toque rebatido, somente a recepção pode ser segura, três toques em rebatida para finalmente chegar ao vôlei.

Daqui pra frente, quem quiser melhorar seu jogo e se interessar mais, tem ferramentas mais do que básicas para prosseguir. Dar sentido ao que se conhecia apenas de ver e assistir é o exercício de maior valor numa pedagogia esportiva. O próximo post dará conta de uma breve maneira de avaliar os conceitos abordados e algumas referências para ajudar a compor as atividades. Abraços a todos!
Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...